SÃO LUÍS - Quase três anos depois de um triplo homicídio no Coquilho, na zona rural de São Luís, os acusados do crime que revoltou a população são julgados na capital. Os réus são o policial militar Hamilton Caíres Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior.
O julgamento começou às 8h30 desta terça-feira (14), no 2º Tribunal do Júri de São Luís e será presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima. A acusação é feita pelo promotor de Justiça Rodolfo Reis.
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Em julho de 2019, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima, pronunciou para ir a júri popular o militar e o vigilante.
No dia 3 de janeiro de 2019, os adolescentes Gildean Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram assassinados com tiro na cabeça.
O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, os três adolescentes saíram de casa, em duas bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial Mato Grosso, no Coquilho. Por volta das 14h, as vítimas foram avistadas por um dos seguranças, que avisou aos seus companheiros de serviço a possível entrada de invasores.
Os corpos e duas bicicletas somente foram encontrados no dia seguinte, quando os parentes sentiram falta dos jovens e saíram em busca deles.
Depoimentos
Ao ser interrogado, o vigilante negou a autoria do crime, confessando, em seu primeiro depoimento, que esteve na entrada do matagal com o policial, mas não entrou no local, e ouviu três disparos de arma de fogo. No segundo depoimento, ele disse que entrou depois do militar e, como não mais avistou o PM e as vítimas, voltou para a motocicleta.
Já Hamilton Caires negou qualquer envolvimento no delito e disse que apenas desferiu um tiro para cima para assustar os supostos invasores, dizendo que nem chegou a vê-los. Quando foi solicitado que entregasse sua arma para realização de exame de comparação balística com os projéteis retirados dos corpos e do local do crime, ele disse que perdera a arma, estojo e carregador, no mês de outubro de 2018, embora não tenha noticiado o fato à corporação policial.
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