SÃO LUÍS – Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta quinta-feira (9), o governador do Maranhão, Flávio Dino, afirmou que decidiu prorrogar as normas de restrição ao comércio na Região Metropolitana de São Luís, que abrange os municípios de Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e a capital São Luís.
Segundo o governador, o comércio de serviços não essenciais deverá ficar fechado por, pelo menos, mais uma semana. O objetivo é conter uma maior propagação do novo coronavírus no Estado.
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Flávio Dino afirmou que os detalhes da prorrogação das medidas de restrição serão divulgados neste sábado (11), quando será editado um novo decreto, que também tratará da situação da restrição do comércio em outras regiões do Estado.
“Nós estamos estudando, junto com o comitê científico, o Boletim Epidemiológico Número 7, do Ministério da Saúde, que preconiza uma espécie de regionalização das medidas restritivas. Nós estamos fazendo um estudo em relação aos casos existentes em cada região, em cada município para nós podermos, a partir daí, no próximo decreto que será editado no sábado, definir as regras atinentes ao comércio nas outras regiões”, explicou o governador.
Ainda de acordo com Flávio Dino, em um cenário sem as medidas preventivas, o Maranhão poderia apresentar, neste momento, cerca de 600 casos da Covid-19. Ele informou que os últimos números da Covid-19 no Estado estão abaixo disso, o que mostra a importância de se manter as restrições.
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“Nosso desejo é a retomada plena das atividades econômicas, profissionais e empresariais o mais rápido possível, mas precisamos fazer isso de modo organizado. Para evitar um crescimento descontrolado, como temos vistos, inclusive, em outros Estados do Brasil. E nós não queremos isso no Maranhão, de modo que, no sábado, vamos fixar as novas regras para comércio e serviços profissionais”, afirmou Flávio Dino.
O governador esclareceu, ainda, que a maior parte dos investimentos estão voltados para a Ilha de São Luís por ser a região com maior número de infectados, sendo que São Luís concentra 95% dos casos do novo coronavírus no Maranhão. No entanto, ele acrescentou que também estão sendo realizados novos investimentos e aquisição de equipamentos para outras cidades maranhenses com o objetivo de descentralizar o atendimento na capital.
Cloroquina
O uso da cloroquina no tratamento de pacientes da Covid-19 também foi um dos assuntos tratados pelo governador na coletiva. Ele ressaltou que “esse não é um debate político, essa é uma questão técnica”. Dino destacou seu posicionamento contra a automedicação. “Há muitas semanas, desde que começaram os casos de coronavírus no Maranhão, especialmente em São Luís, a cloroquina integra o tratamento que é feito em pacientes hospitalizados sempre a critério dos profissionais de Saúde”, disse.
O governador também voltou a pedir aos maranhenses que evitem aglomerações e respeitem as regras de distanciamento recomendadas pelas autoridades sanitárias.
Ajuda emergencial aos Estados
Dino também comentou o projeto de ajuda emergencial aos Estados, que será votado pela Câmara dos Deputados, e destina um total de R$ 35 bilhões aos entes federativos. “Peço empenho na aprovação (…) É dinheiro para a polícia, para a penitenciária, para a Educação, para a Saúde pública”, explicou.
O pacote de ajuda aos Estados e município deve garantir que os serviços públicos essenciais sejam mantidos. Os recursos poderão compensar as perdas nos Estados brasileiros em razão da recessão mundial.
Veja, abaixo, a coletiva na íntegra:
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