SÃO LUÍS – Em entrevista à rádio Mirante AM, o delegado Dilson Menezes, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), deu mais detalhes sobre a investigação do assassinato de um bebê de quatro meses na última quinta-feira (27), no bairro da Cidade Operária, em São Luís. Em depoimento na sexta-feira (28), o irmão de Zilpa Soares Silva, autuada em flagrante pelo crime, confirmou que a irmã sofre de transtornos psiquiátricos.
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De acordo com o irmão de Zilpa Silva, que não teve seu nome revelado, a mulher estava passando por um tratamento para esquizofrenia, com uso de medicamentos. Com essa informação, a polícia entrou em contato com a mãe de Zilpa, que não está em São Luís, mas enviou um laudo do tratamento para investigação.
Ainda segundo o irmão, Zilpa Silva foi vítima de diversos maus-tratos durante a infância e adolescência, sendo estuprada pelo pai, que foi preso, e vítima de um estupro coletivo, onde teve seus cabelos raspados. Além disso, de acordo com o depoimento do irmão, Zilpa teria sido agredida pelo marido e teve que entrar com medidas protetivas contra ele na Justiça.
Dilson Menezes informa que, caso comprovado o transtorno psiquiátrico, Zilpa Silva responderá ao crime de homicídio qualificado em rede ambulatorial, em vez de ir para uma prisão comum. “É um caso de grave repercussão, um homicídio que choca, mas temos que ressaltar a condição da autora. Seremos bem cautelosos e todas as hipóteses serão avaliadas”, disse o delegado. O inquérito deve ser concluído em 10 dias.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (27), um bebê de quatro meses foi assassinado dentro de casa, no bairro da Cidade Operária, em São Luís. Mãe do menino, Zilpa Soares Silva confessou o crime e se entregou à polícia.
Com base na declaração de Zilpa, a polícia foi até a casa dela e encontrou o bebê meses dentro de um tanque de água. A causa da morte da criança só será confirmada após o corpo ser periciado, mas tudo indica que tenha sido afogamento.
Em depoimento na Decop, Zilpa disse que estava separada do pai da criança, sozinha em casa, e dormiu depois do almoço. Ao acordar, a mulher refletiu sobre a vida e decidiu matar o filho, por não se julgar uma pessoa boa para acompanhar a criação da criança. Zilpa afirmou que decidiu cometer o ato para o bem do menino.
Segundo a polícia, a mulher ainda afirmou que faz uso de remédio controlado, o que indica que ela possa ter algum problema mental. A casa onde a criança morreu será periciada e todas as declarações da mulher serão investigadas, para que a polícia confirme o depoimento de Zilpa e tome as medidas cabíveis. O pai da criança já foi localizado e também será ouvido.
Agora as investigações ficarão sob a responsabilidade da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).
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