Cuidado

Indícios de formol são encontrados em amostra de camarão

Análises de amostras coletadas pela Vigilância Sanitária foram avaliadas em laboratório da UFMA.

Roberta Gomes/ Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h39

SÃO LUÍS - A Vigilância Sanitária Estadual está monitorando os pescados e mariscos que estão sendo vendidos em São Luís. Em uma análise de amostras coletadas no fim de março, foram encontrados indícios de formol em camarões vindos do município de Cururupu. A utilização da substância em alimentos é considerada crime hediondo contra a saúde pública.

A coleta de amostras orientativas, feita em 28 de março, foi realizada depois de denúncias que indicavam que os pescados vindos do Estado do Pará estariam com formaldeído, conhecido como formol. Para investigar, a Vigilância Sanitária coletou nove amostras, sendo cinco de peixes, três de camarão e uma de caranguejo. Esses alimentos estavam sendo vendidos no Mercado do Peixe, Portinho e supermercados da cidade.

Dessas nove amostras levadas para análise no Laboratório de Tecnologia Química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), apenas uma amostra de camarão apresentou a substância. "Isso demonstrou que tínhamos que continuar o monitoramento. Não há limite mínimo para utilizar a substância, simplesmente, não pode", comentou o superintendente da Vigilância Sanitária Estadual, Arnaldo Muniz Garcia.

Não foi possível, segundo ele, identificar o fornecedor do camarão. "Só soubemos que vinha de Cururupu. Apenas", disse. Com a constatação do indício de formol nos maricos, a vigilância fez uma segunda coleta de amostras, desta vez, com a segurança de amostras fiscais - três de cada. Foram coletadas 15 amostras de pescados e uma de camarão no dia 14 de abril, entre as 2h e 4h da madrugada, durante a chegada dos caminhões carregados com pescados. Esses alimentos vinham de Carutapera (MA), Itajaí (SC), Virgínia (PA), Tutoia (MA) e outros municípios.

As amostras estão sendo avaliadas no laboratório da UFMA, e o resultado deve sair durante esta semana. "Caso o formaldeído apareça em alguma dessas amostras, ficará mais fácil de tomar as providências, pois saberemos de onde esses alimentos estão vindo. Temos as placas dos caminhões e a identificação do motoristas. E nesse caso, notificaremos a polícia, o Ministério Público e o Procon, que deverão tomar as medidas cabíveis", frisa Arnaldo Garcia.

A utilização do formaldeído em alimentos é vetado pelo Art. 272 da lei nº 9.677/1998. É um crime contra a saúde pública, considerado ediondo, com pena de quatro a oito anos de prisão.

O formol, de acordo com o superintendente da Vigilância Sanitária, é uma substância corrosiva e tem ação cancerígena. "Quando utilizado no embalsamento, por exemplo, os manipuladores são protegidos para não entrar em contato nem inalar a substância. Se é assim, imagine ingerindo!", ressaltou Arnaldo Garcia sobre a possibilidade de alguém comer alimentos contaminados com a substância.

O chefe da vigilância reforça, no entanto, para que a população fique tranquila e não se alarme. "Fazemos um alerta maior é para os vendedores de pescados, que devem ficar atentos aos seus fornecedores. Caso seja constatada a presença de formol nos pescados e mariscos coletados, a responsabilidade é do comerciante e do fornecedor", destaca.

Foto: Biaman Prado/ Arquivo O Estado

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