Discurso

Vladimir Putin acusa Ucrânia de haver começado a guerra

Presidente da Rússia fez discurso ao parlamento.

Ipolítica, com agências

SÃO PAULO - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (21) que foi a Ucrânia quem começou o conflito que completa um ano na próxima sexta-feira (24). O líder russo manifestou-se sobre o assunto em um discurso à Assembleia Federal. E garantiu: a Rússia não tinha escolha a não ser atacar os ucranianos.

Ele afirmou que o Ocidente estava se preparando para transformar a Ucrânia em uma plataforma de lançamento repleta de armas para atacar o país, o que significa que Moscou tinha que agir antes que pudesse fazê-lo. “Não tínhamos dúvidas que tudo estava preparado. [...] Eu gostaria de repetir, eles começaram a guerra, e nós usamos força para impedi-los”, declarou.

Putin também repetiu a alegação infundada de que a Ucrânia estava pressionando para obter armas nucleares, e dobrou sua visão da invasão como uma ação defensiva preventiva.

No mesmo discurso, Putin disse que a Rússia enfrenta uma "ameaça à sua existência" diante do que chamou de "valores corruptos do Ocidente".

"O Ocidente declara que perversões, como pedofilia, são parte do normal, destrói seus valores, conclama padres a abençoarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo", disse. "O Estado não deveria interferir na vida privada, mas uma família é a união entre um homem e uma mulher".

Sob Putin, a Rússia endureceu leis anti-LGBTQIA+, incluindo com a prisão de ativistas. Casais do mesmo gênero não têm os mesmos direitos que casais heterossexuais, e não há lei que criminaliza homofobia.

Biden encontrou-se na Ucrânia, se surpresa, com Zelensky
Biden encontrou-se na Ucrânia, se surpresa, com Zelensky

O discurso de Putin acontece um dia depois de uma visita inédita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Kiev. Biden andou pelas ruas da capital ucraniana com o Zelensky e, ao lado do líder ucraniano, anunciou uma ajuda extra de US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões), que se somam aos quase US$ 50 bilhões oferecidos anteriormente pelos EUA à Ucrânia.

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