Repatriada

Maranhense, que estava confinada na China, embarca de volta ao Brasil

Indira faz parte do grupo de 34 brasileiros que estão sendo repatriados da China, após o surto de coronavírus que afeta o país.

Imirante.com, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
Indira Mara Santos, de 34 anos, é estudante de doutorado da Universidade de Huazhong, na China. / Foto: Reprodução/Instagram.
Indira Mara Santos, de 34 anos, é estudante de doutorado da Universidade de Huazhong, na China. / Foto: Reprodução/Instagram.

WUHAN - Nesta sexta-feira (7), a maranhense Indira Mara Santos, de 34 anos, que estava confinada em Wuhan, na China, compartilhou imagens, em suas redes sociais, mostrando que já está sendo embarcada de volta para o Brasil.

Leia também:

Estudante não conseguiu voltar ao Maranhão e está confinada em cidade da China

Emap nega caso suspeito de coronavírus em navio no Porto do Itaqui

Secretário de saúde e hospital negam caso de coronavírus em São Luís

Indira faz parte do grupo de 34 brasileiros que estão sendo repatriados da China, após o surto de coronavírus que afeta o país. O grupo estava na cidade de Wuhan, onde se originou a epidemia do novo coronavírus.

Foto: Reprodução/Instagram.
Foto: Reprodução/Instagram.

Em imagens divulgados pelas redes sociais, é possível ver Indira e outros brasileiros no saguão do Aeroporto de Wuhan. O grupo vai ser trazido em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que partem da China com destino à Base Aérea de Anápolis, nesta sexta-feira (7).

Foto: Reprodução/Instagram.
Foto: Reprodução/Instagram.

Segundo o governo brasileiro, os dois aviões da FAB pousaram na China por volta das 13h10 desta sexta, no horário de Brasília (meia-noite de sábado no horário local da China). A decolagem de volta ao Brasil estava prevista para o fim da tarde desta sexta, no horário de Brasília.

Ao deixarem Brasília, na quarta-feira (5), as aeronaves brasileiras fizeram escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Ürumqi (China), até o destino final em Wuhan. A viagem de volta prevê escalas nos mesmos locais. O grupo vai percorrer 18.300 quilômetros, entre as cidades de Wuhan e Anápolis, no Brasil. Os estrangeiros desembarcarão em Varsóvia.

Entre os 34 resgatados, sendo duas crianças de 2 e 3 anos, não têm sintomas da doença e mesmo assim ficarão por 18 dias em Anápolis, em centro de quarentena. Além deles, 24 pessoas da equipe de resgate também passarão pela quarentena: 12 pessoas da equipe médica da FAB, dois médicos do Ministério da Saúde, duas pessoas da equipe de imprensa – entre elas, um cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – e oito tripulantes.

No último domingo (2), foi divulgado um vídeo em que alguns brasileiros, confinados em Wuhan, fizeram um apelo ao governo de Jair Bolsonaro para a retirada de cidadãos do país afetado pelo surto do coronavírus. Entre os que aparecem no vídeo está a maranhense Indira Mara Santos.

Veja o vídeo:

Instalações

O hotel da Base Aérea de Anápolis foi isolado e preparado para receber as 58 pessoas para os dias de quarentena. Eles ficarão em quartos individuais, terão seis refeições diárias, televisão e internet disponíveis e espaço de lazer e entretenimento.

Os cidadãos confinados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde. Eles serão monitorados e, em caso de suspeita de infecção, serão isolados e levados para outro setor da base aérea. Caso o quadro de saúde se agrave, eles serão transportados, em aeronave preparada, para o Hospital da Forças Armadas, em Brasília.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de 630 pessoas já morreram na China e 30 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, nove pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados. Até agora, nenhum caso foi confirmado.

Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

Arte: Agência Brasil.
Arte: Agência Brasil.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.