IMPERATRIZ - A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) prendeu Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, suspeita de envenenar três pessoas de uma mesma família após elas consumirem um ovo de Páscoa em Imperatriz, no sudoeste do estado. A investigação contou com análises de câmeras de segurança, comprovantes de compras e depoimentos.
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Três pessoas da mesma família consumiram o chocolate. O menino, identificado como Luís Fernando, de 7 anos, morreu na quinta-feira (17) e a mãe e a irmã dele seguem internadas em estado grave. As amostras do ovo de Páscoa foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística, e o laudo deve ficar pronto em até 10 dias. A perícia também irá analisar o sangue das vítimas e os produtos encontrados com a suspeita.
Segundo a polícia, Jordélia, ex-namorada do atual companheiro de uma das vítimas, Mirian Lira, teria cometido o crime por ciúmes e vingança. Em depoimento, ela confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado qualquer veneno.
A Polícia Civil começou a apurar o caso ainda na noite de quinta-feira (16), com base no depoimento do namorado de Mirian, que levantou a possibilidade de envolvimento de uma ex-namorada. As investigações seguiram e, ao longo do processo, surgiram diversos indícios:
Hospedagem em hotel: Jordélia, moradora de Santa Inês (MA), se hospedou em Imperatriz na noite de 16 de abril. Imagens de câmeras de segurança a mostram deitada em um dos sofás da recepção.
Compra de chocolate: No mesmo dia, Jordélia foi até uma loja de chocolates na cidade e realizou a compra. Câmeras do estabelecimento registraram ela usando disfarce com óculos e peruca preta.
Depoimento de familiares: A irmã de Mirian relatou que, após o recebimento do chocolate, a vítima recebeu uma ligação de uma mulher perguntando se o ovo havia chegado. Quando Mirian perguntou quem falava, a mulher respondeu apenas que "ela saberia" quem era.
A polícia acompanhou os passos de Jordélia e descobriu que ela retornou para Santa Inês após a entrega do chocolate. Ela foi presa ao descer de um ônibus intermunicipal, e com ela foram encontradas provas que podem ligá-la ao crime:
- Duas perucas, uma loira e outra preta, além de restos de chocolates foram apreendidos.
- Bilhetes de passagem, sendo um deles comprado no dia 14 de abril, dois dias antes da entrega feita por um mototaxista à família.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida, todos os indícios e provas apontam Jordélia como a principal suspeita.
“A gente pode dizer, com o que já colhemos até agora, que temos elementos suficientes para apontar essa autoria para essa pessoa que foi presa. Agora a gente vai esclarecer os detalhes. Que veneno foi esse, o tipo, isso a perícia vai apontar, para que possamos robustecer a nossa investigação e apresentá-la ao Judiciário”, afirmou o delegado.
Até a publicação desta reportagem, a defesa da suspeita não conseguiu ser localizada.
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