Onda de violência

Em um intervalo de três meses, cinco casos de violência registrados dentro de escola do interior do MA

Um dos últimos casos, um estudante de 10 anos ateou fogo no corpo da professora na cidade de Barra do Corda, enquanto, os outros casos foram em São Bento, Timon, Coroatá e Imperatriz.

Imirante.com

Atualizada em 29/04/2022 às 18h06
A professora Vanusia de Sousa foi uma das vítimas de violência dentro da escola, no interior do Maranhão.
A professora Vanusia de Sousa foi uma das vítimas de violência dentro da escola, no interior do Maranhão. (Foto: Divulgação)

MARANHÃO - Em um intervalo de três meses, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) registrou cinco casos de violência dentro de escolas do interior do Estado. Um dos últimos casos aconteceu na tarde de quinta-feira (28), na cidade de Barra do Corda. Segundo a polícia, um estudante, de 10 anos, ateou fogo no corpo da professora Vanusia de Sousa Matos, de 19 anos.

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O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia Regional de Barra do Corda e sendo coordenado pelo delegado Daniel Arruda. Ele declarou que a vítima foi abordada pelo aluno dentro de uma escola, localizada na área central de Barra do Corda.

A professora sofreu lesões corporais graves de queimaduras propositais causadas pelo estudante. Ela teve 40% do corpo queimado e foi atendida primeiramente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda, mas, teve que ser transferida para um hospital na capital maranhense.

Ainda segundo o delegado, o estudante deve ser ouvido por psicólogos e conselheiros tutelares como também serão ouvidas as pessoas que presenciaram o caso. “As investigações já começaram a ser feitas pela polícia”, frisou o delegado.

A Secretaria Municipal de Saúde de São Luís informou, por meio de nota, que a professora deu entrada no Socorrão I, localizado no centro da capital maranhense, durante a madrugada de sexta-feira (29) onde passou por tratamento cirúrgico e continua internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Sequestro

A professora de Inglês, Priscila Magalhães, de 30 anos, foi sequestrada e mantida refém por um aluno, identificado como Rodrigo da Silva Nascimento, de 19 anos, na cidade de Timon. Este caso ocorreu no dia 23 de fevereiro. 

A polícia informou que a professora foi abordada dentro da escola onde trabalha e o suspeito estava portando uma arma branca. Ela foi obrigada a entrar em seu veículo, ficou circulando na área do centro da cidade.

A professora teve que entrar na sede do Batalhão da Polícia Militar de Timon. Somente após duas horas de negociação que a vítima foi liberada. O suspeito acabou sendo preso e conduzido para a Central de Flagrante de Timon.

Arma branca

Um estudante, de 15 anos, foi apreendido dentro de uma escola, na cidade de São Bento, no dia 7 de abril deste ano, e estava com um facão dentro de sua mochila. Segundo a polícia, a diretora da escola que encontrou a arma branca na mochila do estudante e acionou os militares. 

Na delegacia dessa cidade, o estudante não revelou o motivo que teria levado a arma branca escondida na mochila e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Os conselheiros tutelares da cidade ficaram cientes sobre essa apreensão.

Material explosivo

Um adolescente foi apreendido dentro de uma escola, localizada na área central da cidade de Coroatá, com uma mochila contendo explosivos caseiros, garrafas de solvente e outros artefatos que seriam para preparo de arma química.

O caso ocorreu na noite do dia 31 de março. De acordo com a polícia, um dos vigilantes da escola que conteve o adolescente dentro do banheiro e acionou os policiais militares. O adolescente relatou que desejava praticar ameaças dentro da escola, mas não iria concretizá-las. 

Massacre 

A Polícia Militar teve que reforçar a segurança em uma escola da rede estadual, localizada em Imperatriz, depois que mensagens de ameaça de um possível massacre no colégio foram compartilhadas ente a comunidade escolar. As ameaças foram enviadas no dia 29 de março deste ano.

De acordo com a gerência regional de educação, as mensagens partiram de um perfil falso criado em um aplicativo de mensagens e os “prints” rapidamente se espalharam entre os alunos, por meio de grupos de aplicativo de mensagem. Um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da escola e o caso foi investigado pela Polícia Civil.

 

Casos de violência nas escolas do Maranhão ocorridos durante este ano

Dia 23 de fevereiro: professora de Inglês sequestrada por um aluno, em Timon.

Dia 29 de março: mensagens de ameaça de um possível massacre a um colégio, em Imperatriz.

Dia 31 de março: um adolescente é apreendido dentro de uma escola, em Coroatá, com uma mochila contendo material explosivo.

Dia 7 de abril: um estudante é apreendido com um facão dentro de uma escola, em São Bento.

Dia 28 de abril: estudante de 10 anos ateia fogo na professora, na cidade de Barra do Corda.

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