Suspeita de envenenamento viajou mais de 380 km para cometer crime em Imperatriz
Diante indícios como uso de identidade falsa, serviço falso de degustação e compra e uso de disfarces, reforçam a hipótese de premeditação do crime por Jordélia Pereira Barbosa.
IMPERATRIZ - A principal suspeita de envenenar uma família de três pessoas, mãe e dois filhos, com um ovo de Páscoa em Imperatriz, Jordélia Pereira Barbosa, 35 anos, viajou 384 km entre duas cidades e fez falsa degustação de trufas de chocolate horas antes do crime. Ela saiu de Santa Inês, no Vale do Pindaré, para Imperatriz, cidade no sudoeste do estado, onde se hospedou usando crachá falso.
A mulher viajou 384 km entre Santa Inês, no Vale do Pindaré, e Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, onde se hospedou utilizando um crachá falso. O deslocamento foi feito em um ônibus interestadual: ela partiu de Santa Inês por volta das 0h30 da madrugada de quarta-feira (16) e chegou a Imperatriz ainda pela manhã.
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O crime ocorreu na noite do mesmo dia. Um menino de 7 anos morreu após consumir o chocolate, enquanto a mãe e a irmã da vítima permanecem internadas em estado grave. Segundo a Polícia Civil, o ovo de Páscoa foi entregue por um motoboy. Após a entrega, Jordélia retornou a Santa Inês por volta das 2h30 de quinta-feira (17).
Jordélia é ex-companheira do atual namorado de Mirian Lira, uma das vítimas. Ela foi presa em Santa Inês por suspeita de envenenar a família e, em depoimento, confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado veneno no produto. A polícia realiza perícias para saber se havia veneno no chocolate e determinar qual a causa da morte da criança. Ela teve a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (18) e deve ser transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Durante o registro na hospedagem, Jordélia se identificou como "Gabrielle Barcelli" e apresentou um crachá que a vinculava a uma empresa de gastronomia. Nas imagens do documento, ela aparece usando uma peruca preta. Em conversas por aplicativo de mensagens, alegou estar em processo de mudança de nome e, por isso, não poderia apresentar um documento de identidade. A justificativa foi aceita pela recepção do hotel, permitindo que realizasse a reserva.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por ciúmes e vingança, já que uma das vítimas é a atual namorada do ex-namorado de Jordélia. Até a publicação desta reportagem, a defesa da suspeita não conseguiu ser localizada.
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