Caso Professor Iron

Inquérito da morte do professor Iron será presidido por delegado especial

No dia 10 de julho completa dois anos do assassinato do professor Iron.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h42

IMPERATRIZ – A Delegacia Geral de Polícia Civil deverá designar uma comissão especial ,liderada por um delegado de São Luís, para presidir o inquérito que apura o assassinato que teve como vítima o professor Ironilson Pereira Vasconcelos.

Em quase dois anos, o assassinato do professor Iron Vasconcelos causou comoção popular e levou o Ministério Público e a Polícia Civil a divergirem sobre as investigações, mas continua sem solução.

O delegado regional de segurança, Eduardo Galvão explicou que o crime é complexo, mas as investigações prosseguem e deverão ser assumidas nos próximos dias por uma equipe especial. Uma comissão de promotores de Justiça pediu e, houve deferimento pelo Poder Judiciário, a designação de uma equipe só para apurar esse crime.

“Na verdade o pedido do Ministério Público foi nesse sentido, para que o delegado geral nomei uma comissão de delegados para concluir aquele feito. Na verdade o regional tem uma serie de investigações de grande monta e o caso do professor Iron merece atenção mais do que especial”, disse o delegado regional.

Antes da manifestação do MP, o próprio Eduardo Galvão disse que já havia pedido apoio à Delegacia de Homicídios.

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Sem apresentar detalhes, Eduardo Galvão afirmou que o inquérito sobre o assassinato do professor Iron está com as investigações bem adiantadas e o delegado que assumi-lo poderá, até mesmo, pedir à Justiça vários Mandados de Prisão de suspeitos em um curto espaço de tempo. No entanto, ao ser perguntado sobre os suspeitos no crime Galvão desconversou.

“Na verdade, como eu já lhe disse, a investigação aponta para uma situação que tem várias linhas a serem apuradas, depende do que o delegado vier a priorizar na realidade”, destacou. Ele disse que nenhuma linha de investigações foi descartada, inclusive, de que o crime pode ter ser latrocínio.

O regional disse,ainda, que as investigações foram desenvolvidas de uma maneira generalizada e compete ao novo delegado priorizar algumas linhas de investigações.

Divergências

Eduardo Galvão, também, explicou sobre o que teria levado o promotor de Justiça Joaquim Júnior e o Delegado Regional Assis Ramos a divergirem sobre o andamento das investigações, logo após o crime.

Na época o representante do MP disse que o assassinato estava praticamente elucidado e o delegado regional, por sinal antecessor de Eduardo Galvão, reagiu dizendo que não havia elementos que pudessem assegurar o esclarecimento do caso.

“Ele(inquérito) está muito bem encaminhado, você olha uma situação no inquérito que dá entender essa situação de que tem a autoria provável, só que volto a lhe dizer, muitas vezes você tem a autoria definida, mas o que o Judiciário pede é autoria definida e materialidade”, destacou.

O regional acrescentou que o maior problema desse inquérito é a falta de materialidade (provas), o que depende, ainda, do cruzamento de informações e resultado de pericias.

Para ele, o que levou o representante do MP a fazer essa declaração é o fato de que ao olhar o inquérito a autoria aparece bem desenhada, no entanto, ainda, falta a materialidade.

O crime

O professor Iron Vasconcelos estava voltando para casa em uma motcicleta em companhia da esposa, após participar de um show da Noite Católica, na Expoimp, quando foi abordado por dois homens numa motocicleta e o da garupa fez os disparos. O professor morreu no local.

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