Polícia

Delegado fala sobre as investigações do 'caso Iron'

Em entrevista exclusiva, o delegado regional Assis Ramos disse que há mais de um suspeito da morte do professor Iron Vasconcelos.

Tátyna Viana / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

IMPERATRIZ - Quase oito meses após a morte do professor e artista Iron Vasconconcelos, assassinado no dia de 10 de julho de 2013, uma manifestação foi realizada pela família e amigos. Eles cobram uma resposta das autoridades e a prisão do autor ou executores do crime.

O delegado regional falou sobre o andamento das investigações e da suspeita de uma conduta ilícita do professor.

"A manifestação é válida, a gente pega isso como uma forma de elucidar o mais rápido esse crime. A gente colocou para os familiares, sobretudo para a esposa, que nós percebemos no inquérito policial que ele - Iron - tinha algumas condutas consideradas ilícitas e, não foi só com uma pessoa, foi com várias pessoas. Aumentou o leque de suspeitos e por isso, também, a demora na elucidação do crime", relatou Assis Ramos.

A Polícia Civil, ainda, busca provas que possam indentificar os dois homens que estavam em uma motocicleta e efetuaram os disparos quando Iron chegava em casa, com a esposa, após um show, na Expoimp.

"É um crime de difícil elucidação, pelo modus operandi, pelo horário, pela forma rápida, pelo fato das pessoas não estarem colaborando", completou.

Quanto à lentidão nas investigações, ele diz que a falta de estrutura, também, dificulta na conclusão do inquérito.

"Nós temos um efetivo pequeno e isso tudo acaba atrapalhando, mas vamos até o fim, nem que demande maior tempo. A última vez que as nossas diligências foram apreciadas pelo MP foi dia 19 de fevereiro, o inquérito tem dois volumes, os promotores estão sempre cobrando. A dona Ana Meire - esposa de Iron Vasconcelos -, na semana passada esteve aqui, nós motramos algumas situações que ela podia nos ajudar, algumas fotos", destacou o delegado.

Sobre a notícia que foi divulgada no início das investigações, que o crime estava perto de ser elucidado Assis Ramos diz que "houve uma colocação equivocada por parte de algumas autoridades que estavam, também, acompanhando esse inquérito, de achar que a gente ia resolver logo, porque no primeiro momento era só um suspeito e eu estava convicto que a prisão daquele suspeito podia elucidar o crime, só que aumentou o leque de suspeitos, não tinha uma prova contundente, não tem, ainda."

"Nós temos as imagens do dia do crime, só que não deu para colher, identificar o autor, ou a moto, ou outro elemento que a gente pudesse identificar que foi 'a, b, ou c'. Nós temos também todas as perícias que foram feitas nos documentos, nos computadores, no celular do Iron, o que nos deu uma luz, mas não foi suficiente. Nós estamos trabalhando em outra situação que requer retorno de uma empresa privada, que está travando as investigações, também. É a quebra de sigilo telefônico. As investigações estão andando, mas a gente esbarra em situações que fogem da estrutura do Estado, ou da polícia e do MP e não tem só a investigação do Iron pra gente acompanhar", finalizou.

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