Cerco policial

PF realiza operação em Coelho Neto e na capital piauiense para combater fraude no INSS

Um total de 20 mandados judiciais foram cumpridos durante a incursão e, segundo a polícia, o esquema criminoso gerou um prejuízo de R$ 2,9 milhões ao cofre público.

Imirante.com, com informações da PF

Atualizada em 29/06/2022 às 10h47
Os policiais federais realizando vistorias nos pontos alvos da operação.
Os policiais federais realizando vistorias nos pontos alvos da operação. (Foto: Divulgação)

COELHO NETO -  Os policiais federais deflagraram a operação Hamartia nesta quarta-feira (29), nas cidades de Coelho Neto, interior do Maranhão, como ainda na capital piauiense com o objetivo de combater a fraude contra o INSS. Segundo a polícia, o prejuízo inicialmente identificado com a concessão de 88 benefícios ilegais é em torno de R$ 2,9 milhões ao cofre público federal.

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Esse cerco foi realizado pela equipe da Delegacia Federal de Caxias e contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência. 

No decorrer desse trabalho, foram cumpridos 20 mandados judiciais, sendo sete de prisão temporária e 13 de busca e apreensão em Coelho Neto e Teresina, no Piauí. Ainda houve o bloqueio de contas bancárias dos envolvidos, sequestro de bens e valores e afastamento dos servidores do INSS das suas funções.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de associação criminosa, estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva e ativa. A pena prevista pelo Código Penal Brasileiro é de mais de 40 anos de prisão.

Esquema criminoso

A polícia informou que a investigação começou no ano de 2020 e constatou o esquema criminoso integrado por, pelo menos, sete agenciadores. Estes tinham a função de cooptar as pessoas com a promessa de concessão de aposentadorias por idade ou pensão por morte.

Esses agenciadores também são donos de empresas especializadas em empréstimos financeiros, pois, logo após, a concessão ilegal do benefício, realizavam empréstimos consignados. A polícia ainda confirmou a participação de dois servidores do INSS, que de acordo com a polícia, responsáveis pela concessão ilegal dos benefícios. 

Até o momento, a polícia identificou 88 benefícios ilegais e gerou inicialmente um prejuízo ao cofre público federal em torno de R$ 2,9 milhões. A economia com a futura suspensão dos benefícios, considerado a expectativa de vida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), gira em mais de R$ 27,8 milhões.

Hamartia

A denominação da operação Hamartia é um termo de origem grega que significa erro ou falha. Trata de uma referência à decisão dos investigados de realizar a conduta criminosa, mesmo sabendo de sua consequência.

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