CODÓ - Sob forte comoção, o corpo do líder umbandista mais conhecido do Brasil, Bita do Barão, é velado na noite desta quinta-feira (18), na Tenda Espirita de Umbanda Rainha de Iemanjá Palácio de Iansã Bita do Barão, em Codó.
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Morte do babalorixá Bita do Barão é confirmada pela família
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Seguindo as tradições da religião de matrizes africanas, o corpo do babalorixá seguirá o ritual Umbandista. Segundo informações do médium Thiago Tertuliano, o ritual começará ao amanhecer e seguirá por alguns dias.
O corpo será enterrado no Cemitério Central, em data a ser definida pela família do religioso.
Repercussão
A morte de Bita do Barão foi confirmada pela família na tarde desta quinta-feira (18), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital em Teresina (PI), depois de 10 dias de internação por causa de problemas renais e infecção pulmonar.
Diversos políticos e entidades religiosas lamentaram a morte do babalorixá por meio de notas e nas redes sociais. "Bita do Barão será sempre para o Maranhão e para o mundo uma referência de preservação do culto e religião de matrizes africanas", escreveu a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
"A Umbanda perde um dos seus maiores filhos nesta quinta feira santa", lamentou o vereador e pai de santo Astro de Ogum (PR).
"O Governo do Maranhão se solidariza com a família e com as lideranças religiosas dos cultos afros", escreveu em nota o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR).
Bita do Barão
Wilson Nonato de Souza, o Bita do Barão, era o babalorixá mais conhecido do Brasil e tinha 86 anos de idade cronológica. Bita morava na cidade de Codó, no Palácio de Iansã, onde recebia diversas pessoas, muitas delas influentes, como políticos e famosos.
No palácio, Bita do Barão realizava rituais de incorporação, consultas, entre outras atividades ligadas à Umbanda. Médium desde a juventude, Wilson Nonato recebeu o apelido de Bita, porque era agitado como um bode e, na linguagem do interior do Maranhão, bita significa bode. Já o barão, é uma referência ao Barão de Guaré, a entidade que o pai de santo recebia.
Em 1954, Bita do Barão fundou sua Tenda Espírita de Umbanda, Rainha Iemanjá, que recebeu personalidades, entre políticos e artistas.
Seu poder aquisitivo também cresceu e, na cidade de Codó, ele mantém projetos sociais, além de festas religiosas que atraem pessoas do mundo todo.
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