CAXIAS - A família da maranhense Débora Evangelista Brandão, de 34 anos, morta por Danilo Cavalacante, nos Estados Unidos, cobram uma ajuda do governo federal para trazer as cinzas dela ao Brasil. Débora foi cremada.
De acordo com a irmã de Débora, Silvia Brandão, o processo de traslado das cinzas está lento. Por isso, ela pede que o governo brasileiro ajude na intermediação com os Estados Unidos.
"Há mais de dois anos não conseguimos trazer as cinzas da Débora ao Brasil, e isso é importante para toda a família, para fecharmos esse ciclo e termos uma despedida digna pra ela. Eu também não tive ajuda para acelerar meu visto para os Estados Unidos e eu conseguir dar o apoio, como irmã mais velha, a minha irmã Sarah e meus sobrinhos, depois de tudo o que aconteceu", disse Silvia.
Débora Evangelista Brandão foi morta a facadas por Danilo Cavalcante na cidade de Phoenixville, no estado da Pensilvânia, em 18 de abril de 2021. A vítima morava nos EUA há cerca de cinco anos com os dois filhos, que presenciaram o crime.
As investigações apontam que a motivação do crime foi o fato de Danilo não aceitar o fim do relacionamento com Débora e, desde 2020, ameaçava a mulher. Ele foi preso pela polícia americana no estado da Virgínia, 1h30 após o assassinato.
Os dois filhos de Débora, que na época do crime tinham quatro e sete anos, hoje são criados por Sara Brandão, outra irmã da vítima, que ainda mora nos EUA.
Fuga
No dia 31 de agosto, Danilo Cavalcante, condenado a prisão perpétua pela morte de Débora, escapou da prisão escalando paredes.
Após a fuga, as autoridades do estado da Pensilvânia deram início uma caçada que se estendeu por 14 dias, envolvendo uma equipe de 500 policiais e a colaboração do FBI. Apesar dos esforços, Danilo conseguiu percorrer 38 quilômetros a pé, roubou uma van e um rifle e se trocou tiros com moradores.
Danilo foi capturado nessa quarta-feira (13). As autoridades americanas consideraram o brasileiro como “extremamente perigoso”.
Itamaraty se manifesta
Em nota publicada nesta quinta-feira (14), o Ministério das Relações Exteriores se pronunciou sobre o caso. Confira a nota na íntegra:
O Itamaraty está à disposição para prestar a assistência consular cabível aos familiares da nacional brasileira.
Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.
A emissão de vistos de entrada é de exclusiva competência e soberania de cada país.
Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.
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