Quem mandou?

Ronnie Lessa aponta conselheiro do TCE-RJ como mandante da morte de Marielle

Domingos Brazão já havia sido citado em investigações passadas sobre o caso.

Ipolítica, com Intercept Brasil

Atualizada em 23/01/2024 às 15h03
Lessa delatou conselheiro no caso Mariele
Lessa delatou conselheiro no caso Mariele (Renan Olaz / Câmara Municipal do Rio)

RIO DE JANEIRO - O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo site Intercept Brasil.

Preso desde março de 2019, Lessa fez acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão tem foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Procurado, o advogado Márcio Palma, que representa Brazão, disse que não ficou sabendo dessa informação. Disse também que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa, já que pediu acesso aos autos e foi negado, com a justificativa que Brazão não era investigado. Em entrevistas anteriores com a imprensa, Domingos Brazão sempre negou qualquer participação no crime.

O crime

Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março de 2018 no Estácio, centro do Rio de Janeiro, após o carro em que estavam ser atacado a tiros. Um ano após o crime, Lessa e Élcio de Queiroz, que também é ex-policial, foram presos. O primeiro foi acusado de ser o autor dos disparos, enquanto o segundo, de dirigir o veículo usado no assassinato.

A delação de Lessa é a segunda a ser feita para chegar ao mandante do crime. Em julho do ano passado, Queiroz firmou um acordo de colaboração, confessou sua participação no crime e deu detalhes sobre a noite em que a vereadora foi morta.

A delação de Queiroz fez o caso avançar após cinco anos sem respostas sobre quem mandou matar Marielle. Após o depoimento do ex-PM, o investigadores chegaram a novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio).

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