CPMI do 8/1

Arthur Maia critica decisão de Nunes Marques no STF

Presidente da Comissão afirmou que decisão monocrática deu garantia para que a investigada, Marília Alencar, não prestasse depoimento.

Ipolítica, com informações do Metrópoles

CPMI ouviria a investigada Marília Alencar, mas ela obteve decisão favorável no STF
CPMI ouviria a investigada Marília Alencar, mas ela obteve decisão favorável no STF (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8/1 no Congresso Nacional, deputado Arthur Maia (União-BA), criticou na manhã desta terça-feira (12), a decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a ausência de uma depoente na sessão de hoje do colegiado.

A CPMI ouviria a ex-diretora de Inteligência do Distrito Federal, Marília Alencar, que havia sido convocada na condição de investigada. Decisão assinada pelo ministro Nunes Marques permitiu que ela não comparecesse à sessão. Marília é acusada de omissão na condução do combate aos ataques golpistas às sedes dos três Poderes.

Arthur Maia afirmou que a decisão tomada por apenas um dos ministros da Suprema Corte, evidencia a “falta de equilíbrio entre os Poderes”. 

“Logicamente, uma posição isolada, de um único ministro, se sobrepõe a uma decisão conjunta e unânime de uma comissão parlamentar de inquérito”, disse Maia.

O presidente do colegiado também mencionou que outros depoentes solicitaram ausência ao STF, mas tiveram o pedido negado.

“O STF em outras tantas vezes foi arguido por depoentes que aqui vieram e solicitaram a possibilidade de não comparecer a esta CPMI. Os outros ministros negaram esse pedido. Obrigaram a vir, e mantiveram o direito de ficar calado. Isso demonstra uma falta de isonomia de direitos”, continuou Arthur Maia.

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A senadora maranhense Eliziane Gama (PSD), relatora da CPMI, também criticou a decisão do ministro. 

“Nossa CPI tem poderes de autoridade judiciária. Se a gente não tem direito de receber um depoente, é algo absolutamente sério”, afirmou.

Militar agredida
Mesmo com a ausência de Marília Alencar, parlamentares ouvem, nesta terça, o depoimento de Marcela da Silva Morais Pinno, cabo da Polícia Militar do Distrito Federal que atuou no Batalhão de Choque no dia da invasão e foi agredida pelos golpistas.

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