Na cola de adversários

Número de inquéritos abertos pela PF a pedido do Ministério da Justiça bate recorde com Dino

Com Flávio Dino na pasta, o atual governo conseguiu ultrapassar o recorde anterior, que era atribuído ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ipolítica, com informações do Globo

Flávio Dino bateu recorde de pedidos de inquérito junto à PF
Flávio Dino bateu recorde de pedidos de inquérito junto à PF (Valter Campanato / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O número de inquéritos abertos pela Polícia Federal a pedido do Ministério da Justiça bateu recordo com o atual titular da pasta, Flávio Dino (PSB). Adversários políticos do presidente Lula (PT) são alguns dos principais alvo das investigações.

Os dados são de O Globo e mostram um cenário jamais antes visto na história política do Brasil na era republicana.

Com Flávio Dino na pasta, o atual governo conseguiu ultrapassar em curto espaço de tempo o recorde anterior, que era atribuído ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado hoje em diversos inquéritos da PF.

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Recorde

Ao todo, segundo levantamento preliminar, são 78 investigações em curso pela Polícia Federal, a pedido do ministério comandado por Flávio Dino. 

Em 2021 o governo Bolsonaro havia alcançado recorde no mesmo período, mas com um número menor, de 58 inquéritos, exatamente 20 a menos na atual gestão. 

Procurado, o ministério afirmou que metade dos inquéritos foi aberta por determinação direta de Dino, sendo 29 para investigar crimes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 10 para apurar condutas com “repercussão interestadual ou internacional”. Essas são as duas hipóteses previstas na legislação para a pasta ordenar uma investigação.

As outras investigações são, de acordo com o ministério, “pedidos, e não determinação de inquérito, em face de crimes contra a honra de funcionário público federal”. 

“Não é, portanto, algo relativo ao ministro da Justiça e sim um direito de qualquer funcionário público federal”, diz, em nota. No levantamento enviado ao GLOBO, obtido via Lei de Acesso à Informação, a PF informou que todas os procedimentos foram “oriundos de documentos enviados pela pasta”.

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