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Moraes determina que Telegram indique novo representante no Brasil, sob risco de suspensão

Na decisão, Moraes deu o prazo de 24 horas para que o aplicativo de mensagens, caso a indicação não seja feita, a punição a ser aplicada é a suspensão do Telegram no Brasil.

Ipolítica com g1

Atualizada em 26/05/2023 às 15h23
A determinação ocorreu no inquérito que investiga os diretores de gigantes de tecnologia por campanha contra o PL 2630 (PL das fake news).
A determinação ocorreu no inquérito que investiga os diretores de gigantes de tecnologia por campanha contra o PL 2630 (PL das fake news). (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

BRASÍLIA- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (26) que o Telegram informe quem será seu novo representante legal no Brasil.

Na decisão, Moraes deu o prazo de 24 horas para o aplicativo de mensagens, caso a indicação não seja feita, a punição a ser aplicada é a suspensão do Telegram no País.

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A empresa também poderá pagar multa diária de 500 mil, caso não atenda a solicitação no prazo estabelecido.

A determinação ocorreu no inquérito que investiga os diretores de gigantes de tecnologia por campanha contra o PL 2630 (PL das fake news). 

"O TELEGRAM indicou Alan Campos Elias Thomaz como representante legal no Brasil, informando, ainda, que continuará 'construindo e reforçando nossa equipe brasileira', o que resultou, no período que se seguiu, na regular intimação da empresa para o cumprimento de diversas decisões judiciais desta Suprema Corte, incluindo o bloqueio de perfis que divulgam conteúdo ilícito e, inclusive, o pagamento de multa", afirmou Moraes.

"Não obstante, após a instauração deste inquérito, Alan Campos Elias Thomaz informou que 'o declarante, bem como o escritório Campos Thomaz e Meirelles Advogados, incluindo todos os seus sócios e advogados, não mais prestam assessoria jurídica ao TELEGRAM no Brasil, desde 14/05/23'. Efetivamente, o causídico apresentou diversas petições informando a renúncia dos poderes anteriormente conferidos a ele e não há notícia de que o TELEGRAM tenha indicado qualquer outro representante no Brasil", completou.

Moraes relatou que a Polícia Federal ouviu o advogado Alan Campos Elias Thomaz, que até então respondia pelo Telegram no Brasil. Aos policiais, ele informou que seu escritório já não presta mais assessoria jurídica ao Telegram desde 14 de maio.

"Não obstante, após a instauração deste inquérito, Alan Campos Elias Thomaz informou que 'o declarante, bem como o escritório Campos Thomaz e Meirelles Advogados, incluindo todos os seus sócios e advogados, não mais prestam assessoria jurídica ao TELEGRAM no Brasil, desde 14/05/23'. Efetivamente, o causídico apresentou diversas petições informando a renúncia dos poderes anteriormente conferidos a ele e não há notícia de que o TELEGRAM tenha indicado qualquer outro representante no Brasil", completou.

Moraes afirmou ainda que, em outros procedimentos envolvendo a empresa na Corte, o contato foi feito por um endereço eletrônico indicado pelo próprio aplicativo. Determinou, então, que a intimação da decisão desta sexta-feira seja feita pelo mesmo canal.


 


 

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