BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), deixará o Governo caso não consiga provar inocência em relação à série de denúncias das quais tem sido alvo.  

O maranhense protagonizou o noticiário mais uma vez nos últimos dias, por ter utilizado um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para um compromisso particular em meio a eventos oficiais em São Paulo, no mês passado. Ele se beneficiou de diárias pagas pela União.

Na quinta-feira (2) Lula disse que vai se reunir com Juscelino logo após ele retornar ao país, para ouvir explicações. Juscelino esteve em Barcelona, onde participou da Mobile World Congress e agora está em Israel, onde trata da expansão do 5G no Brasil. 

"Eu tentei essa semana conversar com o Juscelino, o ministro Juscelino está viajando, está no exterior a serviço do ministério, discutindo num encontro de telecomunicações", disse.

E completou: "Eu já pedi para o ministro Rui Costa [da Casa Civil] convocar ele segunda-feira para a gente ter uma conversa, porque ele tem direito de provar sua inocência. Mas se ele não conseguir provar sua inocência, ele não pode ficar no governo. Eu garanto a todo mundo a presunção de inocência". 

Outras denúncias contra o ministro apontam uma suposta omissão de R$ 2 milhões em cavalos de raça na declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Outro lado
Juscelino Filho afirmou na última quinta-feira que devolveu ao governo as diárias que utilizou durante uma viagem oficial de quatro dias a São Paulo, no mês de janeiro, em que teve compromissos a serviço do ofício em apenas um dia. Nos outros três, segundo o jornal Estadão, o ministro se dedicou a negócios pessoais.

Juscelino teria gasto R$ 3 mil em diárias pagas pela União, e ainda utilizado um voo FAB para a viagem. Entre os compromissos fora da agenda oficial, estão a participação em um leilão de cavalos na cidade de Boituva (SP) e a assessoria a compradores de animais.

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