BRASÍLIA - Um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal e outros PMs foram presos na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal, por suposta omissão e colaboração com os atos do dia 8 de janeiro em Brasília, que resultou na depredação das sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a PF foram presos o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF; o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da Polícia Militar; o policial Flávio Silvestre de Alencar, envolvido na ação que "liberou" o acesso dos vândalos ao prédio do Supremo Tribunal Federal e o policial Rafael Pereira Martins.
Ao todo são três mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária, além de seis mandados de busca e apreensão. A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal acompanha a ação da PF.
Nas redes sociais, o ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou a operação da PF.
“Polícia Federal segue fazendo trabalho de investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro. As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis. O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus 'homicidas'”, pontuou.
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Prisões
O coronel Naime Barreto havia sido exonerado do cargo pelo ex-interventor federal Ricardo Cappelli, no dia 10 de janeiro, poucos dias após os ataques as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Naquela ocasião, à TV Globo, a defesa de Naime confirmou que, no domingo em que ocorreram os atos, ele estava em um hotel fazenda.
O policial Flávio Silvestre de Alencar é um dos militares flagrados por uma câmera de segurança em um carro da PMDF que escolta outras viaturas para longe da grade de contenção que impedia os bolsonaristas de avançar até o prédio do STF. Foi por esse motivo que ele foi investigado e preso.
A defesa do policial nega as acusações.
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