Estupro de vulnerável

Professor de dança de Bacabeira é condenado a 32 anos de prisão por estupro

Policial penal também foi condenado por participação em crimes.

Imirante.com, com informações do TJ-MA

Atualizada em 22/03/2023 às 15h51
César Adriano foi contratado para atuar em escolas públicas de Bacabeira como professor de dança, e criou grupos em aplicativo de mensagem para entrar em contato com alunos.
César Adriano foi contratado para atuar em escolas públicas de Bacabeira como professor de dança, e criou grupos em aplicativo de mensagem para entrar em contato com alunos. (Foto: Reprodução / TV Mirante)

BACABEIRA - Um professor do município de Bacabeira, identificado como César Adriano Correia, foi condenado pela justiça do Maranhão a 32 anos, 11 meses e 24 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de estupro de vulnerável de forma continuada contra dois adolescentes e, ainda, de estupro contra outras 12 vítimas.

Segundo a Denúncia apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça de Rosário, a condenação envolve, ainda, outros dois crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente: “Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” (artigo 240) e “Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la” (artigo 244-B).

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Além do professor de dançam também foi condenado o policial penal Daniel Dias Gabriel, pelo crime de estupro de vulnerável contra duas vítimas, a 9 anos, 8 meses e 12 dias de reclusão.

Entenda o caso

A 1ª Promotoria de Justiça de Rosário ofereceu Denúncia, em 4 de outubro de 2022, contra César Adriano Correia Mendes, vulgo “César Show” ou “Farofinha”, e Daniel Dias Gabriel pela prática de crime de estupro e estupro de vulnerável contra adolescentes do município de Bacabeira.

Conforme o inquérito policial que fundamentou a Denúncia, César Adriano havia sido contratado naquele ano para atuar em escolas públicas de Bacabeira como professor de dança, organizando ensaios de festas juninas, quando criou grupos em aplicativos de mensagem.

Após obter o contato dos alunos, ele passou a convencê-los a enviar fotos nuas ou em atitudes libidinosas. Com o material recebido, o denunciado passou a chantageá-los, ameaçando publicar as imagens, caso os adolescentes não tivessem relação sexual com ele.

De acordo com a promotora de justiça Maria Cristina Lobato Murillo, os adolescentes eram ameaçados inclusive com a utilização de arma de fogo. A mãe de uma das vítimas foi a responsável por denunciar o caso à Polícia.

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