Segundo ANA

Rio Tocantins vai receber mais água até o fim do período seco

Objetivo é garantir que o reservatório inicie a temporada chuvosa, em dezembro, com cerca de 10% de seu volume útil.

Divulgação/ANA

- Atualizada em 27/03/2022 às 11h17
O rio Tocantins nasce entre os municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém.
O rio Tocantins nasce entre os municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. (Foto: Divulgação)

MARANHÃO - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) comunicou à Agência Nacional de Águas (ANA), no último dia 15, o aumento, a partir de 23 de agosto, das vazões médias diárias defluentes do reservatório de Serra da Mesa (GO), localizado na cabeceira da bacia do rio Tocantins, passando dos atuais 300m³/s para 600 m³/s, até 30 de novembro, fim do período seco. Com a alteração, estima-se chegar ao início da temporada de chuvas com reservas de cerca de 10% do volume útil do reservatório.

Desde 2015 a bacia do rio Tocantins tem recebido volume de chuvas abaixo da média histórica. Com o fim da temporada de praia na bacia, no último dia 20, é possível ajustar as vazões defluentes de Serra da Mesa que vinham sendo mantidas constantes em 300 m³/s para atender às necessidades da temporada de praia.

O reservatório equivalente da bacia do Tocantins, que inclui os volumes de Serra da Mesa, Peixe Angical e Tucuruí, acumulava 48,66% no dia 20 de agosto, sendo que Serra da Mesa registrava 19,63% do volume útil. No mesmo período do ano passado, o acumulado do Sistema Equivalente era de 46,40%.

A Sala de Crise da bacia do Tocantins, que se reuniu no dia 21 de agosto, passará a se reunir mensalmente. O próximo encontro está previsto para o dia 25 de setembro, presencialmente e por videoconferência, sob coordenação da ANA. Participam da reunião especialistas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do ONS, agentes operadores das usinas hidrelétricas instaladas na calha do rio Tocantins, órgãos gestores de recursos hídricos e empresas de saneamento dos estados interessados, representantes de usuários e representantes de várias esferas do poder público.

O vídeo da reunião fica disponível no site da ANA, no portal da Sala de Situação, onde é possível obter mais informações sobre a bacia e a operação dos reservatórios instalados no rio Tocantins, inclusive os boletins diários.

Hidrelétrica de Serra da Mesa

A Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa tem capacidade instalada para geração de 1.275 MW, segundo dados de Furnas, e atende ao mercado de energia elétrica do Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Além disso, a hidrelétrica é responsável pela ligação entre este sistema e o Norte/Nordeste, sendo o elo da Interligação Norte-Sul. Com uma área de 1.784 km², o reservatório da hidrelétrica é o maior do Brasil em capacidade de acumulação de água: 54,4 bilhões de metros cúbicos (m³). Sua barragem para geração de energia fica no curso principal do rio Tocantins no município de Minaçu (GO).

Rio Tocantins

Com aproximadamente 2400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente dos cerca de 2800 km do rio São Francisco. O rio Tocantins nasce entre os municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia é a maior do Brasil em área de drenagem 100% em território nacional. Por serem rios interestaduais, a gestão das águas do Tocantins e do Araguaia é de responsabilidade da ANA.

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