Segundo o IBGE

Desemprego avança no Maranhão e estado lidera rankings de informalidade e desalento no país

Mais preocupante que o aumento da desocupação é a qualidade do trabalho no estado, segundo os dados do IBGE.

Imirante.com

O Maranhão lidera o ranking nacional de informalidade, com 58,4% da população ocupada atuando sem carteira assinada.
O Maranhão lidera o ranking nacional de informalidade, com 58,4% da população ocupada atuando sem carteira assinada. (Marcos Santos/USP Imagens)

MARANHÃO - O Maranhão iniciou o ano de 2025 com um cenário difícil no mercado de trabalho. A taxa de desemprego no estado subiu para 8,1% no primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, quando o desemprego estava em 6,9%.

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Com esse resultado, o estado acompanha o movimento observado em outras 11 unidades da federação. A média nacional ficou em 7%, também em alta em relação ao trimestre anterior (6,2%), embora essa seja a menor taxa já registrada para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012.

Mais preocupante que o aumento da desocupação é a qualidade do trabalho no estado. O Maranhão lidera o ranking nacional de informalidade, com 58,4% da população ocupada atuando sem carteira assinada ou em atividades informais — bem acima da média brasileira de 38%. No ano passado, quem ocupava essa posição era o Pará, com 58,1%.

Outro dado alarmante é o da taxa de desalento — pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por falta de oportunidades ou desmotivação. No Maranhão, 10,3% da população em idade ativa está nessa situação, mais do que o triplo da média nacional (2,9%).

Além disso, apenas 51,8% dos empregados do setor privado no estado têm carteira assinada, o menor índice do país. Em contrapartida, 32,7% dos maranhenses trabalham por conta própria, a segunda maior taxa do Brasil, atrás apenas de Rondônia (35,6%).

Desigualdades de gênero, raça e escolaridade

A pesquisa do IBGE também revela desigualdades no mercado de trabalho por gênero, raça e nível de instrução. No país, a taxa de desemprego entre mulheres é de 8,7%, enquanto entre os homens está em 5,7%.

Entre os pretos (8,4%) e pardos (8,0%), os índices de desocupação também são mais altos do que entre os brancos (5,6%).

A escolaridade também influencia fortemente o acesso ao emprego. Pessoas com ensino médio incompleto enfrentam a maior taxa de desemprego, 11,4%. Já entre os que possuem ensino superior completo, o índice cai para 3,9%.

Força de trabalho

O IBGE também aponta que o Maranhão ocupa a 6ª posição no ranking da subutilização da força de trabalho, com 26% da população economicamente ativa nessa condição. Esse grupo inclui pessoas desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas e os desalentados.

Rendimento cresce, mas Nordeste segue com menor média

No aspecto salarial, o Nordeste apresentou aumento de rendimento, com média de R$ 2.383 por mês no primeiro trimestre de 2025. Apesar da alta, a região ainda tem o menor rendimento médio do país, ao lado do Norte (R$ 2.649). Os maiores salários estão no Centro-Oeste (R$ 3.848), Sul (R$ 3.840) e Sudeste (R$ 3.814).

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