IMPERATRIZ – O celular se tornou essencial para a maioria das pessoas nas últimas décadas. Dentre as diversas funcionalidades existentes no aparelho, o WhatsApp é um aplicativo de popularidade crescente, com mais de 800 milhões de usuários ativos e 30 bilhões de mensagens enviadas por dia. No entanto, o uso excessivo da ferramenta pode causar lesões e afetar a saúde do indivíduo, segundo especialista.
A terapeuta ocupacional Pamylla Fortes T. Lima, faz um alerta e diz que o aplicativo tem sido um dos responsáveis por aumentar o número de queixas relativas à Lesão por Esforço Repetitivo (LER), definida como a lesão causada pela realização de atividade repetitiva ou contínua.
Segundo ela, a digitação intensa é uma das causas mais comuns da incidência da LER, que pode trazer prejuízos não só nas mãos e no pulso, mas, também, em outras partes do corpo, como a coluna vertebral. Os sintomas podem ser diversos.
“Esse distúrbio provoca dor, fadiga (perda da força nas mãos), formigamento e alteração de sensibilidade. Ela (LER) pode ser encontrada em diferentes graus, provocando limitações e comprometimento parcial e/ou total do membro afetado para as atividades da vida diária”, afirma Pamylla.
É o caso da estudante Jessica Monteiro, que diz passar 13 horas por dia no celular e até 5 horas contínuas, falando com as amigas e resolvendo problemas da faculdade. “As dores são nas mãos. Às vezes dá câimbra, aí paro um pouco e faço massagem e passo um tempo sem mexer”, fala.
Já Vanessa de Paula, também, estudante, diz que está sentido a dor há um mês e usa menos o celular. Nela, o incômodo é somente na mão direita e no antebraço, mas, mesmo assim, ela não pode parar de usar o aplicativo.
A maquiadora Bárbara Fernandes, também reclama das dores, depois do uso prolongado, principalmente do aplicativo. “Se as pessoas passam o dia falando comigo, eu passo o dia no celular. O incômodo é mais no meu polegar, porque é o único dedo que eu uso para digitar. Acho que é normal”, diz a maquiadora.
Mas a persistência da dor não é normal, de acordo com a terapeuta ocupacional. Por isso, a terapeuta Pamylla Lima diz que a prevenção é a melhor forma de combater a lesão, que não é tida como doença, mas pode provocar uma.
“Deve-se evitar o uso excessivo da mão e realizar pausas durante as atividades prolongadas. É indicado que haja a avaliação de um médico ortopedista para a realização de uma avaliação específica, diagnóstico e tratamento. Tratamento este, que pode contemplar desde o uso de medicamentos na fase inflamatória e reabilitação funcional com a terapia ocupacional e fisioterapia, como, também, a necessidade de cirurgia reparadora”, orienta.
A especialista alerta, ainda, para o fato de que a pessoa deve realizar todos esses procedimentos exclusivamente com uma orientação médica.
Para prevenir o desenvolvimento de uma LER, veja o vídeo com os exercícios recomendados pela terapeuta ocupacional Pamylla Lima:
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