SÃO LUÍS – Enquanto clubes do futebol nacional, como Cuiabá (MT), Bragantino (SP), Botafogo (RJ) e, mais recentemente, Cruzeiro (MG) caminham para a administração de seus patrimônios a partir da lógica de clube-empresa, no futebol maranhense, a realidade é bem diferente. Os principais clubes do futebol local, em especial, Sampaio Corrêa, Moto Club e Maranhão Atlético ainda configuram com modelos considerados mais tradicionais de clubes.
No caso do Sampaio, por exemplo, o mesmo grupo político está na instituição há pelo menos uma década. O presidente do clube, Sérgio Frota, foi recentemente reeleito para mais um mandato, configurando sucessivas gestões no tricolor de São Pantaleão.
Além de não estar no mercado de ações, as decisões administrativas – ao contrário do que ocorre em empresas – estão à cargo principalmente de decisões de poucos gestores e mediante argumentos que, muitas vezes, não são técnicos.
Apesar disso, recentemente o presidente do clube, Sérgio Frota, disse ser à favor da medida e que o clube estuda a execução do modelo. No entanto, ao contrário do rival, o projeto ainda não saiu do papel nem mesmo para a aprovação dos demais membros da direção do clube.
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O Moto Club tenta caminhar em um sentido diferente. Com a iniciativa da Diretoria do clube, encabeçada pelo deputado e presidente do clube, Yglésio Moyses, e com o apoio do Conselho Deliberativo, o Moto Club tem dado os primeiros passos na transição de se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol - SAF, o que vem sendo reforçado durante os encontros entre Conselho Deliberativo e Diretoria.
No dia 30 do mês passado, uma reunião foi realizada entre dirigentes e conselheiros. No entanto, o projeto ainda segue em fase embrionária.
Atualmente, a diretoria trabalha para resolver as pendências financeiras, jurídicas e administrativas herdadas de gestões anteriores. Com o modelo SAF, o Moto poderá inclusive efetuar recuperações extrajudiciais, centralizando seus pagamentos, renegociando valores e, ao mesmo tempo, mantendo certa margem de investimento.
Segundo o próprio clube, o Moto é o primeiro clube maranhense, e um dos primeiros do Brasil, ao lado do Vasco da Gama e o Cruzeiro, a iniciar o processo de transição para esse novo tipo de gestão. A proposta é uma das anunciadas pelo atual presidente após assumir a diretoria do time.
Os clubes que caminham no sentido de modernizar suas gestões dentro dos parâmetros mundiais se baseiam na nova modalidade de gestão dentro do futebol brasileiro, após a sanção da Lei nº 14.196/2021, que permite aos clubes de futebol ter um modelo de gestão enquanto empresas.
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