AMERICANA - Na tarde deste sábado, Americana e Sport abriram a série final da Liga de Basquete Feminino (LBF), disputada no sistema melhor de três partidas. E, mesmo contando com o apoio de sua torcida, no ginásio Milton Fenley Azenha, o ‘Centro Cívico’, em Americana (SP), o time paulista não foi capaz de vencer e ficou mais longe do bicampeonato. O Sport triunfou pelo placar de 54 a 44, manteve a invencibilidade no torneio e abriu 1 a 0 na série.

Agora, o Sport Recife terá duas oportunidades de garantir o título nacional, ambas em casa. O primeiro confronto está marcado para o próximo sábado, dia 6 de abril, às 10h (de Brasília), na Ilha do Retiro, em Recife (PE). Caso o Sport vença, as ‘leoas’ já levam o caneco. Porém, em caso de triunfo do Americana, a terceira partida será realizada, novamente na Ilha do Retiro, no dia 13 de abril (sábado), às 10h.

Do lado do Sport, os destaques foram a norte-americana Alex Montgomery, responsável por um double-double de 17 pontos e dez rebotes, Palmira Marçal, autora de 12 pontos, e Érika de Souza, que também saiu de quadra com um duplo-duplo de dez pontos e 12 rebotes. Adrianinha também contribuiu e fez dez pontos e apanhou sete rebotes. Já pelo Americana, Clarissa dos Santos fez 17 pontos e seis rebotes, e a norte-americana Roneeka Hodges, que ajudou com 11 pontos.

Palmira Marçal, do Sport, falou sobre a atuação da equipe nesta tarde. "A nossa marcação cresceu no segundo tempo e isso foi determinante para que conquistássemos a vitória neste primeiro jogo, que foi muito duro. Eu não estive tão bem no aspecto ofensivo, mas pude aparecer em momentos importantes para ajudar a equipe a sair com o resultado positivo", disse, antes de elogiar a torcida pernambucana que compareceu ao ginásio. "Estamos acostumadas com a nossa torcida, o sexto jogador. Apesar da pequena quantidade eles marcaram presença e essa vibração foi para eles", completou.

Já Luiz Zanon, técnico do Americana e, agora, da Seleção Brasileira feminina, lamentou a má atuação de seus comandadas. "Desde o começo do jogo não fizemos o que a gente treinou e apresentou na temporada inteira. As meninas estavam tensas e com algo incomodando, que era o próprio rendimente", observou. "Em todo meu tempo aqui não vi um placar tão baixo. Erramos muito em jogadas laterais, em lances livres. Elas se desestabilizaram no emocional, o que é difícil. São jogadoras experiências. Foi um dia totalmente adverso e vou tentar descobrir o que aconteceu para mudar, principalmente o fator psicológico. É Playoffs, está só um a zero, e temos que conseguir o resultado fora de casa", continuou o comandante da equipe paulista, que ainda frisou que somente a torcida não é capaz de vencer o jogo. "O torcedor contribui na motivação, mas não ganha jogo. Se fosse assim, Corinthians e Flamengo ganhariam todo e qualquer campeonato, de qualquer modalidade. Quem motiva a torcida são as jogadoras e nesta tarde não fizemos isso, e temos que trabalhar pensando no próximo jogo", finalizou Luiz Zanon.

Na primeira fase, o Sport Recife teve a melhor campanha, tendo vencido todos os seis jogos que disputou e, assim, se classificou diretamente para as semifinais da competição. Enfrentando o São José nessa fase, o time pernambucano fechou a série com 2 a 0 e avançou à final. Já o Americana teve uma caminhada um pouco mais longa até a decisão, mas não muito mais complicada. Na primeira fase, o time do interior do estado de São Paulo ficou na vice-liderança, com cinco vitórias e uma derrota. Nas quartas de final, 2 a 0 na série contra o Ourinhos e, nas semifinais, novamente 2 a 0 sobre o Maranhão.

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