Dia dos Pais

Dia dos pais: paixão pelo Sampaio é passada de pai pra filho

Pai e filha são sócios-torcedores, e não perdem nenhum jogo do Sampaio Corrêa.

Daniel Moraes / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51

SÃO LUÍS - Paulo Tarso Gomes Ferreira tinha 13 anos quando pisou pela primeira vez em um Estádio de futebol. Levado pelo pai tricolor, João Mendes Gomes, ele assistiu à vitória de virada do Sampaio Corrêa em cima do Ferroviário Esporte Clube, que, na época, fazia parte da elite do futebol maranhense. “Foi nesse dia que começou o meu amor pela Bolívia Querida”, ele conta.

De lá para cá, já se passaram mais de três décadas. Hoje, Paulo tem 52 anos e muitos outros jogos no ‘currículo’. A idade lhe embranqueceu os cabelos, trouxe problemas no joelho e algumas rugas. Uma das poucas coisas nele que o tempo ainda não conseguiu mudar foi o amor pelo clube tricolor. Quando fala do Sampaio, Paulo volta a ser o mesmo garoto de 1975.

Foto: Daniel Moraes / Imirante.com
Foto: Daniel Moraes / Imirante.com

A conversa que tivemos foi na varanda de sua casa, no bairro Jardim São Cristóvão. Ao seu lado está Tássia, sua filha do meio. Os dois estão devidamente caracterizados. Ele veste a camisa branca de técnico, presente que ganhou de dia dos pais, e ela usa a camisa tricolor tradicional. Ambas as camisas são oficiais. Eles dizem que é uma forma de contribuir com o clube.

“Papai não se importa muito, mas eu faço questão de só usar produtos oficiais”, diz Tássia, que, assim como toda a família, também possui carteirinha de sócia-torcedora.

Foto: Daniel Moraes / Imirante.com
Foto: Daniel Moraes / Imirante.com

A todo o momento, pai e filha lembram datas e momentos marcantes da história do time. Como a campanha da Série D de 2012, e o jogo contra o Santos, válido pela Copa Conmebol de 1998, dia do maior público que o Castelão já recebeu: 95.720 pessoas.

Tássia começou a acompanhar as idas do pai aos jogos do Sampaio em 1997, quando ainda era uma criança de seis anos. No começo, ia por curiosidade, mas, com o tempo, também aprendeu a amar o time. Hoje, aos 23 anos, ela diz ser uma torcedora “fanática e enjoada”.

O termo “torcedor doente” encaixa-se melhor ao pai. Numa final entre Sampaio x Moto, Paulo estava com febre e, mesmo assim, foi ao Castelão. Tássia conta que ele esconde as dores no joelho, e eventuais doenças, para não ser impedido de ir ao Estádio.

 Paulo Tarso no Estádio com os filhos: Tássia, Paulo Jr. e Matheus. Foto: Arquivo Pessoal
Paulo Tarso no Estádio com os filhos: Tássia, Paulo Jr. e Matheus. Foto: Arquivo Pessoal

A filha fala do clube com a propriedade de quem conhece a escalação de cor. Em poucos segundos, sob o olhar orgulhoso do pai, ela lista todos os jogadores por nome, número da camisa e posição. Ou melhor: quase todos os jogadores. Na contagem, que incluiu os reservas, Tássia se esqueceu de Márcio Diogo. Ela explica o motivo: “Ah, é porque eu tô com raiva dele. Ele perde muito gol”.

Se depender dos Gomes Ferreira, a nova frota de torcedores do Sampaio já está garantida. Paulo Victor, de dois anos, já tem camisa oficial e logo vai começar a acompanhar os mais velhos em alguns jogos. “A gente já vai começar a levar ele. E tem a Maria Clara, de um ano, que também já é Boliviana”, diz Tássia.

Sobre as tristezas, Paulo é rápido e direto: “O que me entristece é perder pro Moto. Nem amistoso eu gosto de perder pra eles”.

 O pequeno Paulo Victor, de dois anos, já tem a sua camisa oficial. Foto: Daniel Moraes / Imirante.com
O pequeno Paulo Victor, de dois anos, já tem a sua camisa oficial. Foto: Daniel Moraes / Imirante.com

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