RECONHECIMENTO

ONU premia jovem brasileira por projeto sustentável que beneficia o Nordeste

Anna Luísa Beserra, de 21 anos, criou o Aqualuz, equipamento que filtra água por meio da luz solar.

IMIRANTE.COM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11
Testes preliminares com o Aqualuz e revelou que o projeto reduziu, em média, 99,9% a presença de bactérias de referência.
Testes preliminares com o Aqualuz e revelou que o projeto reduziu, em média, 99,9% a presença de bactérias de referência. (Foto: Divulgação)

BAHIA -Uma estudante do estado da Bahia, autora de um feito inédito – ela desenvolveu uma tecnologia para filtragem de água por meio da luz solar – foi premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), graças ao projeto que desenvolveu. Ana Luísa Beserra, de apenas 21 anos, ficou entre 35 finalistas de todo o mundo e concorreu na categoria América Latina e Caribe, ao lado de outros quatro.

Pela primeira vez na história, uma jovem estudante Brasileira receberá o Prêmio Jovens Campeões da Terra, voltado para os jovens empreendedores. O reconhecimento, realizado pela ONU, premia, anualmente, os melhores projetos, e exemplos de sustentabilidade, para o futuro do planeta. A entrega do prêmio será no próximo dia 26 de setembro.

A jovem Ana Luísa, apesar da pouca idade, já tem no currículo a formação em Biotecnologia, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), mas não foi a graduação quem lhe despertou para a criação do projeto. A ideia surgiu ainda na adolescência, aos 15 anos. Foi nesta fase em que ela desenvolveu a startup, na companhia de outras três mentes brilhantes.

Ao lado de Letícia Nunes Bezerra, acadêmica de Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Marcela Sepregy, aluna de Engenharia Química no Centro Universitário Senai Cimatec (BA) e Lucas Ayres, graduado em Ciência da Computação também pela federal da Bahia, foi que o Aqualuz, como é chamado o projeto, pôde alçar voos tão altos.

AQUALUZ

O filtro pensado por Anna Luísa e idealizado na companhia dos colegas se trata de uma caixa de inox, coberta por um vidro e uma tubulação simples ligada a uma cisterna, que são reservatórios utilizados para armazenar água da chuva ou caminhão-pipa. A filtragem a que propuseram os jovens ocorre sem a necessidade do uso de compostos químicos, o que ajuda na redução dos índices de doença.

O ciclo de cada filtragem dura, em média, 4 horas. O Aqualuz filtra até 28 litros por dia, e tem vida útil de até 15 anos, necessitando apenas de limpeza básica, com água e sabão, além da troca do filtro natural, que compõe o estoque fornecido.

O Ministério da Saúde já realizou testes preliminares com o Aqualuz e revelou que o projeto reduziu, em média, 99,9% a presença de bactérias de referência. Atualmente, o porjeto beneficia 265 pessoas, em estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Os jovens objetivam alcançar mais 700 pessoas ainda este ano.

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