SÃO LUÍS – Após sentença judicial condenatória de 39 anos de prisão contra Lucas Porto, a irmã de Mariana Costa, Carolina Costa, falou sobre o que a conclusão do caso representa para a família, que aguardava pela decisão por mais de quatro anos. O julgamento, que ocorreu no Fórum Desembargador Sarney Costa, durou seis dias e foi encerrado na madrugada desta segunda-feira (5), em São Luís.
Segundo Carolina, essa é uma sentença histórica, visto que o réu, Lucas Porto, foi recebeu a pena máxima pela morte da publicitária, em novembro de 2016. “A Mariana não pode mais voltar, mas esse julgamento foi pela honra da minha irmã. Esse julgamento também foi pela vida de todas nós mulheres. É uma sentença histórica e vejo que essa sentença será um parâmetro para a defesa e para a causa das mulheres", disse a irmã da vítima.
Para o pai de Mariana Costa, Sarney Neto, a condenação de Lucas Porto ajuda a aliviar a dor de perder a filha. "39 anos não são suficientes, mas alivia a dor e a alma de quem perdeu uma filha, que era uma joia rara lapidada pelo coração e pelo sangue de Jesus", disse o pai à imprensa, logo após o fim da sessão.
O julgamento
Após seis dias de julgamento, o empresário Lucas Leite Ribeiro Porto foi condenado, em júri popular, a 30 anos de prisão por homicídio com quatro qualificadoras —feminicídio, asfixia, impossibilidade de defesa e ocultação de provas— e 9 anos de prisão por estupro, totalizando a pena de 39 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.
Logo após o anúncio da sentença, a defesa de Lucas Porto afirmou a que vai recorrer da decisão. O juiz negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade e considerou que o fato de Lucas Porto estar preso há quatro anos não é relevante para diminuir a pena.
"Os jurados, em uma decisão tranquila e analisando as provas, entenderam o que o Ministério Público desde o começo dizia: o acusado era o autor do crime de estupro e também teria praticado o crime de homicídio", disse o promotor de Justiça, Marco Aurélio Fonseca.
Relembre o caso
A publicitária Mariana Costa era sobrinha-neta do ex-presidente da República, José Sarney, e foi encontrada morta em novembro de 2016 no apartamento onde morava, no bairro Turu, em São Luís. As investigações da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) apontaram o empresário Lucas Porto, cunhado da vítima, como principal suspeito. Na época, ele chegou a confessou a autoria do crime e afirmou que teria matado Mariana por causa de uma atração não correspondida que ele sentia pela vítima.
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