Socorrão II

Após vistoria, Ministério Público constata falta de alimentos no Socorrão II

Além disso, faltam medicamentos e equipamentos para os pacientes; escassez, também, atinge a farmácia do Hospital.

Imirante, com informações do MPMA

Atualizada em 27/03/2022 às 12h05

SÃO LUÍS - A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde realizou na manhã da última quinta-feira (18), uma inspeção no Hospital Municipal Clementino Moura, Socorrão II, e comprovou o desabastecimento da maioria dos insumos hospitalares necessários para o tratamento e manutenção dos pacientes. Para tentar resolver o impasse, o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) emitiu Recomendação, nesta sexta-feira (19), à Secretaria Municipal da Saúde concedendo o prazo de 24 horas para a aquisição dos materiais.

A inspeção foi coordenada pela promotora de justiça Glória Mafra e as investigações fazem parte do Inquérito Civil Público, nº 2/2013, que apura as condições de atendimento nos hospitais de São Luís.

Dos 77 itens necessários para a nutrição adequada dos pacientes, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) disponibiliza apenas 17, gerando um déficit de 78% na alimentação. Faltam biscoitos, leites, cereais, sal dietético, suplementos alimentares, feijão, dentre outros alimentos.

No almoxarifado, a situação é ainda mais grave: o déficit é de 84%. Estão disponíveis apenas 26 itens dos 162 necessários para o atendimento adequado dos pacientes, faltando 136 insumos. Faltam agulhas, álcool, ataduras, bisturis, curativos, coletores de urina, drenos, esponja, algodão, sacos plásticos, sabão, detergente, sondas, tubos endotraqueais, luvas, além de outros materiais.

A escassez também atinge a farmácia do Socorrão II, expondo os pacientes à interrupção dos tratamentos. Faltam vários tipos de antibióticos, soro fisiológico e outros medicamentos, totalizando 24 itens. "Por exemplo, um paciente com infecção que precise do medicamento cefalotina, terá seu quadro agravado pela ausência do remédio", disse a promotora de justiça.

Glória Mafra classificou a situação na unidade hospitalar como "gravíssima", pois contribui para piorar o quadro de saúde dos pacientes e aumentar o tempo de permanência na internação, potencializando os óbitos até mesmo em casos de menor complexidade. Outro problema é a falta de reagente, que é um insumo necessário para a realização de exames como hemograma.

Foto: Biné Morais/ O Estado

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