SÃO LUÍS - O soldado da Polícia Militar Hamilton Caires Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior participaram nesta sexta-feira, 14, da audiência de instrução e julgamento no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, em relação ao assassinato de Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos; Gildean Castro Silva, de 14 anos, e Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos. O crime ocorreu na área de construção de um condomínio do programa federal Minha Casa, Minha Vida, no Coquilho, zona rural da capital, no 3 de janeiro deste ano.
A sessão da audiência estava marcada para o último dia 6, mas, a pedido da defesa foi transferida o dia 14. Coube ao juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto Lima Moura, a presidência da sessão, com participação do representante do Ministério Público, promotor de Justiça Agamenor Batista Júnior. A defesa do soldado Linhares foi feita pelo advogado Pedro Ribeiro Júnior, enquanto Fabiano de Cristo representou o vigilante.
Durante a sessão, foram ouvidas 21 testemunhas e dois acusados. Em seguida, o magistrado determinou o prazo para a defesa e o Ministério Público realizarem as suas alegações por escrito. Somente após esta etapa é que o juiz vai decidir se os acusados serão submetidos ao tribunal do júri.
Chacina
Segundo a polícia a Chacina foi motivada devido estar ocorrendo pequenos furtos na área de construção do condomínio e a construtora responsável pela obra, acabou contratando profissionais da área de segurança pública para a vigilância armada em apoio aos vigilantes da área. .
No dia 3 de janeiro, as vítimas teriam ido à área de construção, para pegarem restos de materiais de obra e acabaram abordados pelo soldado Hamilton e o vigilante Evilásio Júnior. Os três foram levados para a uma área de matagal onde dois foram baleados quando estavam de joelhos, enquanto o terceiro, foi morto em pé. O executor dos tiros teria sido o soldado, enquanto o vigilante evitou a fuga das vítimas.
Os corpos somente foram encontrados no dia seguinte por populares e removidos para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga. Foram constatadas pelos peritos do Icrim marcas de tiros nas mãos e na nuca dos jovens.
Prisões
Ainda no dia 7 de janeiro, quatro dias depois, foi preso por ordem judicial o soldado Hamilton. O militar disse que ao avistar os jovens teria efetuado tiros para o alto como forma de advertência. Em relação a pistola, ele afirmou que a perdeu e não registrou boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do armamento. No momento, ele está custodiado no presídio militar, no Calhau. O outro suspeito também foi preso em cumprimento de uma ordem judicial e está no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
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