Ação criminosa

Marcada audiência de instrução de militares suspeitos de tortura e homicídio

O crime ocorreu em São Luís Gonzaga e o corpo da vítima havia marcas de tiros e sinais de tortura

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(vítima de homicídio)

São Luís - O Poder Judiciário marcou para o dia 2 de julho deste ano a segunda audiência de instrução da morte do comerciante Marcos Marcondes e da tentativa de homicídio do lavrador José de Ribamar Neves Leitão. O crime ocorreu no começo do mês de fevereiro deste ano, na zona rural de São Luís Gonzaga e os principais suspeitos são os policiais militares Francisco Almeida Pinho, Rogério Costa Lima, Marcelino Henrique Santos Silva, Robson Santos de Oliveira e Gilberto Custódio dos Santos.

A segunda audiência de instrução vai ocorrer no fórum da cidade de São Luís Gonzaga e presidido pelo juiz Diego Duarte. Nesta sessão serão ouvidas as testemunhas de defesa e os acusados, logo após, o magistrado vai decidir se os militares serão julgados pelo Júri Popular.

Já, a primeira audiência de instrução ocorreu no último dia 20 e durou em torno de 13 horas. No decorrer da sessão, o juiz ouviu seis testemunhas de acusação. Entre elas, o pai de José de Ribamar, o “Riba”. Uma das testemunhas chegou a passar mal e foi atendida por uma equipe de profissionais da área de saúde.

Ato criminoso

Uma parte do ato criminoso foi gravado por câmeras de segurança. As imagens mostram que o comerciante Marcos Santos foi colocado à força pelos militares dentro de um veículo na cidade de Bacabal, no dia primeiro de fevereiro deste ano. No dia seguinte, o comerciante foi encontrado morto pelos familiares em uma fazenda, localizada na zona rural de São Luís Gonzaga.

O corpo da vítima apresentava sinais de tortura e marcas de tiros. Após alguns dias, o lavrador José de Ribamar declarou para a polícia que foi torturado pelos militares Pinho, Henrique, Rogério, Robson e Custódio como também assassinaram o comerciante Marcos Santos. Os policiais foram presos em cumprimento de ordem judicial e encaminhados para o presídio militar, em São Luís.

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