CPI dos Combustíveis

Deputado critica criação de CPI: "Posto não tem lucro"

Para Marcos Caldas, comissão deveria investigar distribuidoras.

Imirante.com com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h56
Para Marcos Caldas, alvo de CPI deveria ser distribuidoras. Foto: Divulgação AL-MA.
Para Marcos Caldas, alvo de CPI deveria ser distribuidoras. Foto: Divulgação AL-MA.

SÃO LUÍS - O deputado Marcos Caldas (PRP) afirmou que, caso seja aprovada a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tenta investigar as causas do aumento de gasolina, o foco dos trabalhos deveria ser as distribuidoras e não os revendedores. Caldas, informou ainda que os postos de gasolina não tem lucro com combustível, mas sim com conveniência, com a troca de óleo e com a lavagem de carro. Para ele "o dinheiro que sobra mal dá para bancar os custos com a energia, funcionários, impostos e, muitas das vezes, o aluguel."

Ele utilizou a tribuna da Aseembleia para fazer a critica ao colega parlamentar Othelino Neto (PC do B) autor da proposta e levou notas fiscais da Petrobrás com os prejuízos dos donos dos postos. “Se vocês querem quebrar os pequenos, aí, sim, vocês podem abrir uma CPI. Agora acho que tinha que abrir uma CPI era para investigar as distribuidoras, porque essas é que são grandes, essas é que têm culpa no cartório, essas que deviam ser investigadas”, disse Marcos Caldas. e continuou: “Acho que o deputado Othelino tem toda boa intenção, só acho que os caminhos é que estão errados. Teríamos que fazer aqui uma Comissão para ir ver in loco, cerca de 10 postos por sorteio, depois iríamos até a distribuidora, porque o que eu estou trazendo aqui são notas fiscais provando os valores e os aumentos que houve no preço da gasolina”

Ele justificou a ausência de sua assinatura pois considerou que a Casa precisa fazer um requerimento para conversar com todos os envolvidos, inclusive as distribuidoras e o governo municipal.

Convite

Na semana passada, o deputado Bira do Pindaré (PSB) convocou uma audiência pública para tratar do tema na Assembleia Legislativa. O evento foi marcado para esta semana e o presidente do sindicato dos Revendedores de Combustíveis não compareceu. A ausência de Orlando dos Santos gerou mal estar no parlamento estadual e Bira disse que foi desrespeitado. A promotora Lítia Cavalcanti esteve presente e ratificou a suspeita de formação de cartel nos postos de São Luís.

No mesmo momento em que a audiência era realizada, o presidente do sindicato dava uma entrevista coletiva na qual informava de mais um aumento no preço da gasolina.

Investigação

Além da proposta de criação de uma CPI na Assembleia, o Ministério Público Estadual já tem uma investigação em andamento. Para Lítia Cavalcanti, só uma "mensagem telepática" entre os revendedores seria capaz de fazer com que todos os postos da capital tivessem, simultaneamente, o mesmo preço.

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