Aumento da gasolina

"Gasolina terá novo aumento", diz Sindicato de Revendedores

Expectativa de empresários é que novo valor seja aplicado em dois meses; margem é de 9%.

Diego Torres / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h56

SÃO LUÍS - O preço dos combustíveis deve sofrer um novo aumento até o mês junho. A informação é do presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão, Orlando dos Santos, e se baseia num comunicado da Agência Nacional de Petróleo (ANP) feito aos empresários. Ainda segundo o sindicalista, a margem de aumento vai oscilar entre 7% e 9% dos preços praticados atualmente. Em entrevista coletiva, ele comentou os últimos acontecimentos com o setor em São Luís, que ele chamou de "irrisório" o aumento de R$ 0,20.

A entrevista de Orlando dos Santos foi o primeiro posicionamento oficial dos empresários após o polêmico aumento no preço dos combustíveis na capital maranhense. Na primeira dezena deste mês, consumidores foram surpreendidos com a remarcação, simultânea e repentina, de preços, em média de R$ 0,20.

Oscilações de preços

Sobre o aumento dos combustíveis, em especial, a gasolina, Orlando dos Santos foi enfático e resumido: "O mercado é livre. O sindicato não trata de preços, e nenhum revendedor 'abre' seus custos. Cada um o compõe de acordo com sua estrutura."

CPI dos Combustíveis

Orlando dos Santos disse estar "à disposição da Assembleia", mas fez questão de ressaltar que, ainda, não há certeza de que ela seja aprovada. Considerou a proposta legítima, desde que os deputados tenham a intenção de esclarecer. "Não sabemos se ela (CPI) vai 'vingar' ou não. É um direito legítimo do legislador e há apoio, se o objetivo é esclarecer. Se for eleitoreira, não." Sobre a possibilidade de ser convocado pelos deputados para prestar esclarecimentos na Assembleia, dos Santos disse que vai sem nenhum problema. "Se for convocado, irei sim".

Manifestações

Com relação às manifestações que vêm sendo marcadas pela internet, o presidente, a exemplo da CPI, declarou apoiar a iniciativa e diminuiu o impacto que o pedido de nota fiscal para abastecimento de apenas R$ 0,50 não interfere no bolso do empresário. "Defendemos a transparência do setor porque, com essa celeuma criada, o revendedor é tido como o vilão e até bandido. Sobre pedir a nota, tanto faz abastecer R$ 0,50 ou até R$ 0,01. Os impostos são todos retidos na fonte."

Investigação do Ministério Público

Pouco tempo depois de ter sido observado o aumento repentino e simultâneo, o Ministério Público Estadual iniciou uma investigação para apurar a possibilidade de formação de cartel. O caso foi classificado pela promotora do Consumidor, Lítia Cavalcanti, como sendo um "aumento abusivo" e o sindicalista rebateu: "Não sei o que ela (promotora) considera aumento abusivo", e continuou: " Esses R$ 0,20 corresponde a 4% ou 5% (do faturamento). O que é irrisório, se comparado com a carga tributária."

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