Rio Tocantins

Vazante excepcional do Rio Tocantins já compromete a navegação em Imperatriz

O Rio Tocantins, em Imperatriz,está 2 metros abaixo de zero, diz a Defesa Civil.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h29
Rio Tocantins: vazante faz surgir bancos de areia ao longo do rio em Imperatriz e região.
Rio Tocantins: vazante faz surgir bancos de areia ao longo do rio em Imperatriz e região. (Foto: Divulgação/ Assessoria da Prefeitura de Imperatriz.)

IMPERATRIZ – O Rio Tocantins, um dos maiores rios brasileiros, está nesta terça-feira (27), com aproximadamente dois metros abaixo do nível normal e pode baixar, ainda, pelo menos trinta centímetros nos próximos dias. A devazão, como chamam os especialistas, já não permite mais a navegação no rio. No município de Tocantinópolis (TO), a balsa já parou de operar por falta de condições de navegação.

O superintendente municipal da Defesa Civil, Francisco das Chagas Silva (Chico do Planalto) disse que a vazante excepcional se dá desde quinta-feira passada devido a dois fatores: falta de chuvas ao longo do rio e a redução da liberação de água nos lagos das usinas hidrelétricas rio acima.

“A Usina Hidrelétrica de Estreito está operacionalizando com uma vazão acima 1.100 metros cúbicos por segundo, mas ela vem reduzindo gradualmente essa vazão até chegar a 744 metros cúbicos por segundo, conforme definido conjuntamente com o IBAMA e a Agência Nacional de Águas”, explicou.

A redução, segundo o superintendente, foi uma forma encontrada pelas usinas para não entrarem em colapso.

Diante da redução drástica, o Rio Tocantins chegou nesta segunda-feira (26) a apresentar grande bancos de areia e pedrais jamais vistos em toda a sua história.

“Pedrais que você nunca tinha visto dentro do rio hoje pode ser observado, assim como os bancos de areia. Observamos que nas margens direita e da esquerda a água está baixando violentamente e hoje a usina hidrelétrica está operando com 800 metros cúbicos, o que significa que, ainda, vai baixar mais de amanhã para depois”, complementou.

A redução do nível da água pode comprometer a captação e distribuição de água pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) para toda a cidade.

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