IMPERATRIZ - O Rio Tocantins certamente é o que Imperatriz tem de mais belo e encantador. Desperta muitos olhares de quem mora aqui e daqueles que chegam na mesma proporção que motiva a recordação de quem sai da cidade.
O compositor, cantor e interprete Carlinhos Veloz, encontrou no rio uma das suas inspirações para as composições musicais.
Como diz em sua canção: “do lado daquela cidade existe um rio de eternidade, o Imperador de Imperatriz. Costumo dizer que o rio Tocantins foi o maior encanto em minha vida, é minha fonte de energia”, diz o cantor.
O jornalista, ambientalista e escritor Domingos César é também apaixonado pelo rio, mora em suas margens há mais de dez anos.
Filho de pescador o primeiro contato com o rio foi aos dois anos de idade, a convivência com a natureza desde criança, fez com que ele respeitasse, amasse e cuidasse do Tocantins. “Meu pai era pescador e me levava na canoa, desde então não fiz outra coisa, a não ser andar pelo rio Tocantins e nos seus afluentes. Percebi que ele vinha sendo destruído de alguns anos para cá e eu precisava fazer alguma coisa,” afirma.
Domingos Cesar criou em 2007 o projeto “Alerta rio Tocantins”, com objetivo de orientar as comunidades ribeirinhas e estudantes, a preservar as margens do rio. Fez seis expedições pelo Rio Tocantins, inclusive uma passando pelo rio Araguaia. Passando seis dias e seis noites em cada uma delas. A primeira expedição foi de Imperatriz a Tupiranga (PA) em julho de 2007, a segunda em outubro do mesmo ano até a cidade de Carolina (MA).
Esse trabalho resultou na publicação do livro “Alerta rio Tocantins”.
A obra traz um registro das belezas naturais do médio Tocantins e parte do rio Araguaia, bem como dos impactos socioambientais ali verificados ao longo dos anos. “Doei dois mil exemplares do meu livro, para as comunidades”, disse.
O jornalista publicou ainda outras obras como: “Expedições pelo rio Araguaia Tocantins”, lançado em 2012, “Viagem ao rio Tocantins e Itacaúna 1998 e “Ecologicamente pensando”.
As ameaças ao Rio Tocantins
O escritor e jornalista, Adalberto Franklin observa que nos últimos tempos a exploração madeireira, a extração de areia e a construção de barragens como a da cidade de Estreito, têm acelerado esse curso de destruição do Rio Tocantins, evidenciado o desequilíbrio da natureza e o comprometimento da qualidade de vida de futuras gerações.
Segundo o ambientalista Domingos César, a construção da barragem de Estreito veio acarretar muito na destruição do rio, inclusive com a devastação dos próprios peixes.
“Quando foi funcionar a primeira turbina da barragem, morreram 35 toneladas de peixe, considerado o maior desastre ambiental no rio Tocantins”, lamenta.
Assoreamento do rio
O Rio Tocantins devido a derruba das matas ciliares está sendo assoreado a cada dia. De acordo com Domingos César, o rio antes era transitado por grandes barcos, tinha peixes de diferentes espécies.
“Hoje onde estes barcos passavam, nem barco médio consegue mais passar, devido à derrubada das matas ciliares, teve a formação de praias, muitas praias: do Cacau, praia do meio, Imbiral dentre outras,” afirma.
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Rio Tocantins: 'O Imperador de Imperatriz'
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