SÃO LUÍS - A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), em parceria com o projeto Nova Alcântara e a empresa On Line, está desenvolvendo um projeto de inclusão digital para crianças e adolescentes das comunidades remanescentes quilombolas do município de Alcântara. As aulas iniciadas semana passada, têm como objetivo qualificar esse público para o mercado de trabalho. Durante a capacitação, que vai beneficiar 150 alunos, na faixa etária de 5 a 13 anos, serão oferecidos cursos como Excel, Power Point, Word e de navegação na internet.

Duas vezes por semana, as aulas de informática farão parte do cronograma de disciplina da escola. Na primeira aula, o manuseio dos 24 computadores com acesso à internet foi uma experiência nova e a cada descoberta das possibilidades dessa ferramenta, uma surpresa foi registrada na expressão de cada aluno do curso.

Foi assim com João Vítor Soares Costa de 11 anos. “Acredito que vai nos ajudar nas pesquisas da escola, nas brincadeiras também”, exclamou o estudante. Mayquelly Pereira participante do curso definiu seu primeiro contato com a tecnologia como “diferente e interessante” na primeira aula de informática.

“Hoje o conhecimento para eles é uma novidade, mas para as empresas é uma exigência”, enfatizou Maurício de Sousa, professor de informática do Polo. As crianças fazem parte de uma realidade muito distante do advento tecnológico. Elas deslocam-se de suas comunidades (Macaco, Tigua, São Raimundo, Centro Alegre, entre outras) até a escola por meio de transporte, conquista dos integrantes do projeto Nova Alcântara, que tem à frente o líder Edilson Lins. “Muitas levam até duas horas para chegar e o entusiasmo para o aprendizado não fica pelo caminho”, enfatizou.

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