Coletiva

Governador do Maranhão afirma que medidas restritivas ainda não surtiram efeito

Até sexta, novas medidas restritivas podem ser anunciadas ou prorrogadas por mais dias.

Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Governador Flávio Dino realizou coletiva nesta segunda-feira (8).
Governador Flávio Dino realizou coletiva nesta segunda-feira (8). (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – O governador Flávio Dino (PCdoB) avaliou, durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (8), as medidas restritivas de combate à Covid-19 no Maranhão, anunciadas no dia 3 de março. “Houve algum efeito concreto até o presente momento? Ainda não, são poucos dias”, declarou.

Ele acrescentou que, com base em fundamentação técnica, até a próxima sexta-feira (12) poderá anunciar novas medidas ou realizar a manutenção das que estão em vigor. O decreto com as medidas que endurecem as restrições no Estado pode ser prorrogado por mais dias, disse ainda o governador, caso a situação continue sendo de expansão dos casos e piora no quadro de internações da rede de saúde.

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“Ainda não sentimos efeito sobre a demanda hospitalar”, disse o governador, ao demonstrar com números que os casos ativos continuam se expandindo. “Não podemos dizer que temos uma tendência de melhoria, de avaliação positiva do quadro”, afirmou.

A taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a Covid na Grande São Luís chega a 94,97 e de leitos clínicos está em 94,14%. Em Imperatriz, a taxa de leitos de UTI é de 96,72 e clínicos, 95,65%. No total, o governo do Maranhão abriu, em 2021, 487 leitos dedicados a pacientes com coronavírus na rede estadual.

Vacinação contra a Covid-19

No que diz respeito ao andamento da aplicação das vacinas contra a Covid-19 nos municípios maranhenses, Dino destacou uma melhora no percentual. Foi anunicado na coletiva passada, no dia 3, que o governo só vai entregar as novas doses da vacina CoronaVac para os municípios que comprovarem pelo menos 60% de aplicação das doses anteriores. O governador disse que as vacinas não serão redistribuídas e sim guardadas, até que os municípios cumpram a meta de vacinação.

Após a medida que entrou no decreto assinado por Flávio Dino, saltou de 72 para 192 o número de municípios do Maranhão que aplicaram 60% das vacinas. “Produziu ótimo efeito”, disse o governador sobre a decisão.

Ainda hoje, os governadores de 21 Estados e do Distrito Federal, após a criação de um "pacto nacional", devem se reunir no Rio de Janeiro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fiocruz para discutir as estratégias de enfrentamento ao coronavírus e a necessidade de maior agilidade na vacinação.

Fiscalização

Flávio Dino apontou também durante a coletiva os números referentes à fiscalização de estabelecimento comerciais entre sexta-feira (5) e esse domingo (7). Entre os estabelecimentos mais fiscalizados, estão bares (159), moda (51), lanchonetes (50) e supermercados (26).

Ilha de São Luís

405 fiscalizações entre 5 e 7 de março

34 termos de infração

12 autos de infração

2 interdições

Imperatriz

46 fiscalizações entre 5 e 7 de março

Medida para evitar aglomerações foram implementadas também no setor de transporte semiurbano

Expresso metropolitana na Ilha de São Luís

100 viagens a mais entre 5 e 7 de março

12 ônibus adicionais

Assista à coletiva completa

Coronavírus

Nesse domingo (7), o Maranhão registrou 288 novos casos de Covid-19 e confirmou mais 36 mortes pela doença. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), nenhuma das mortes aconteceu nas últimas 24 horas. Dos casos registrados, 91 foram na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa), 28 em Imperatriz e 169 nos demais municípios do Estado.

Nova cepa no Maranhão

O Maranhão confirmou, no dia 26 de fevereiro, o primeiro caso da variante brasileira P.1 da Covid-19, originalmente identificada no Amazonas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O número de pacientes ativos também aumentou e chegou a 9.987. Destes, 8.892 estão em isolamento domiciliar, 645 internados em enfermarias e 450 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os casos ativos indicam o número de pessoas que estão atualmente com a doença.

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