EM JULGAMENTO

Acusados de canibalismo a detento de Pedrinhas são absolvidos

Três detentos foram acusados pelo Ministério Público do Maranhão pela autoria do crime; a vítima teve, ainda, o corpo esquartejado e descartado em sacos de lixo.

IMIRANTE.COM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11

SÃO LUÍS – Os acusados pelo homicídio qualificado do detento Edson Carlos Mesquita da Silva foram absolvidos durante julgamento em São Luís nesta sexta-feira (13). Enilson Vando Matos Pereira, o Matias, Geovane Sousa Palhano, o Bacabal, e Rones Lopes da Silva, o Rony Boy, haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Maranhão, também, por esquartejamento, canibalismo e destruição de cadáver.

O julgamento teve início por volta de 9h30 da manhã de hoje, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, e foi presidido pelo juíz titular da 4ª Vara do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior.

Atuou na acusação o promotor de Justiça Valdenir Cavalcante Lima e na defesa de Rones Lopes da Silva (que era considerado o mandante da execução do detento e um dos líderes de facção), o advogado Francisco de Assis Azevedo. A defesa de Enilson Vando Matos Pereira e Geovane Sousa Palhano foi realiza pelo defensor público Fábio Marçal Lima.

Os acusados, durante seus depoimentos, negaram os crimes pelos quais foram denunciados. A defesa sustentou a tese de negativa autoria e participação, e a acusação (Ministério Público) requereu a condenação conforme a denúncia, mas o júri, por volta de 20h30, foi favorável aos três acusados, inocentando-os da autoria do crime.

Relembre

Edson Mesquita da Silva, a vítima, foi assassinado em 23 de dezembro de 2013, dentro de uma das celas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde estava preso. O crime teria ocorrido durante um desentendimento entre membros de uma facção, o qual resultou na pena de morte de Edson.

Segundo a denúncia feita à Justiça na época, pelo promotor Gilberto Câmara Júnior, o detento e vítima teria sido torturado, morto a facadas e esquartejado, além de ter tido o fígado arrancado, assado e servido a seus algozes, o que configurou um ato de canibalismo.

De acordo com o promotor, em 2013, Edson Carlos Mesquita da Silva teve o corpo dividido em 59 partes. Os restos mortais foram encontrados em sacos de lixo. A vítima só foi reconhecida, por seu cunhado, porque possuía uma tatuagem nas costas em homenagem à filha, Vitória.

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