Defesa do Idoso

MP-MA coordena vistoria em casa que abriga idosos no João Paulo

A entidade funciona em condições satisfatórias, mas necessita de alguns reparos, principalmente relacionados com o fornecimento de água.

Divulgação/MP-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h20
Associação Regional das Senhoras de Caridade de São Vicente de Paulo é uma entidade filantrópica, mantida e administrada por voluntários.
Associação Regional das Senhoras de Caridade de São Vicente de Paulo é uma entidade filantrópica, mantida e administrada por voluntários. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Idoso de São Luís, realizou na manhã desta quarta-feira (31), inspeção na Associação Regional das Senhoras de Caridade de São Vicente de Paulo, localizada no bairro do João Paulo.

O trabalho de vistoria obedece à determinação do Conselho Nacional do Ministério Público inserida no Manual de Atuação Funcional – O Ministério Público na Fiscalização das Instituições de Longa Permanência para Idosos, lançado em 2016.

A inspeção foi coordenada pelo promotor de Justiça José Augusto Cutrim Gomes, titular da referida Promotoria do Idoso, e contou com a participação de representantes de várias instituições como Defensoria Pública do Estado, Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos do Idoso, Conselhos Regionais de Medicina (CRM), Enfermagem (Coren) e de Fisioterapia e Terapeuta Ocupacional (Crefito), Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.

Também acompanhou os trabalhos a promotora de Justiça Gabriele Gadelha, que está no exercício da coordenação do Centro de Apoio Operacional de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência.

Na Associação Regional das Senhoras de Caridade de São Vicente de Paulo, que é uma entidade filantrópica, fundada em 1953, mantida e administrada por voluntários, atualmente moram onze idosos, sendo 10 mulheres e um homem. A maioria deles tem idade acima de 70 anos.

Cada morador possui uma pequena residência, com quarto, sala, copa/cozinha, banheiro e um quintal. A manutenção de cada casa, incluindo alimentação, fica sob a responsabilidade do interno e dos familiares. No total, há 18 casas. Em três, funcionam espaços de refeitório, ambulatório e sala de reuniões.

Além de atender aos internos, com a administração, limpeza das áreas comuns e atendimento médico mensalmente, a associação recebe, uma vez por semana, cerca de 80 idosos carentes de comunidades vizinhas. Eles têm palestras, atividades culturais e ganham uma cesta básica.

Na avaliação do promotor José Augusto Cutrim, a entidade funciona em condições satisfatórias, mas necessita de alguns reparos, principalmente relacionados com o fornecimento de água. “Além disso, preocupa-nos o fato de que, durante a noite, não permaneça nenhum responsável pela associação no local, para dar algum suporte aos moradores, em caso de necessidade”, observou.

O membro do Ministério Público informou, ainda, que todas as instituições parceiras irão elaborar relatórios sobre a inspeção, que servirão de base para futuras providências a serem adotadas pela Promotoria do Idoso.

Depoimentos

Com 76 anos, há 10 morando na casa, a senhora Alzenira Pinheiro Gomes relatou que se sente bem vivendo no local e tem uma convivência tranquila com os demais moradores. Ela diz que decidiu, por conta própria, residir na instituição, mesmo com a discordância da filha. “Aqui eu tenho companhia de pessoas da minha idade. Não fico tão solitária”, narrou.

Maria Madalena Rodrigues, 77 anos, também foi morar na casa por vontade própria. Mas todos os dias a filha vai até lá e ajuda na limpeza da casa e no preparo de sua alimentação.

Diretora da associação, a assistente social Maria Celeste Melo Costa, que é professora da disciplina de Gerontologia da Universidade da Terceira Idade da UFMA, explicou que a entidade sobrevive por meio das doações de pessoas físicas e de empresas.

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