SÃO LUÍS - Uma criança, de um ano e três meses, foi internada, na madrugada dessa sexta-feira (10), com suspeita de H1N1, no Hospital da Criança, em São Luís. Em entrevista ao repórter Marcial Lima, da rádio Mirante AM, a tia da criança Adriana Barbosa informou que o menino está em estado grave e precisa ser transferido para uma UTI pediátrica.
“A médica, no sábado (7), disse que ele está com suspeita de H1N1, e que ele não pode ficar no Hospital da Criança por não ter UTI pediátrica. O quadro dele é grave, e nós estamos muito preocupados sobre esse encaminhamento da médica. A gente faz um apelo para que alguém possa nos ajudar na transferência”, pede.
De acordo com outra tia da criança, identificada como Sara, a família apela para a Justiça. “Eu peço que a Justiça faça alguma coisa. Esperamos que alguém faça alguma coisa por ele.”
A família acionou o advogado Joaquim Adler, para pedir a transferência judicialmente. O advogado, em entrevista na rádio Mirante AM, disse que no plantão judicial de domingo (8) foi ingressada uma ação, com pedido de liminar, para que a Justiça Federal determinasse a transferência da criança para o Hospital Materno Infantil ou o Juvêncio Matos.
“Para minha surpresa, o juiz, ao invés de apreciar a liminar, intimou os hospitais a dizerem se tinham ou não a vaga. É lógico que os hospitais diriam que não tinha vaga, porque isso é uma prática corriqueira aqui no Maranhão. O hospital Estadual Juvêncio Matos, de responsabilidade da SES, tem o hábito de dizer que não existe vaga, mesmo havendo vaga. Assim como o Materno Infantil, que é de responsabilidade da UFMA, tem o hábito de dizer que não existe vaga, mesmo existindo vaga”, declarou o advogado.
Joaquim Adler ressalta, ainda, que a decisão do juiz Maurício foi uma decisão “irresponsável”, pois a criança não pode mais esperar.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, na manhã desta quarta-feira (11), que trabalha no sentido de agilizar a transferência da criança para um leito de UTI pediátrica no Hospital Dr. Juvêncio Mattos. Procurada, a UFMA não se manifestou.
Ouça a entrevista completa das tias da criança e do advogado da família, falando sobre o caso.
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