Suposto tráfico de influência

Lula presta depoimento ao MPF e nega interferência no BNDES

Ex-presidente teria obtido vantagens de empreiteira com intuito de facilitar contratos.

André Richter/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
( Foto: Reprodução/Internet)

BRASÍLIA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento hoje (15) ao Ministério Público Federal (MPF), em Brasília. Lula é investigado pela suspeita de tráfico de influência em contratos da empreiteira Odebrecht na República Dominicana e em Cuba, entre 2011 e 2014. Em julho, o Ministério Público abriu procedimento investigatório para apurar se o ex-presidente teria obtido vantagens econômicas da empreiteira com intuito de facilitar contratos da empresa naqueles países.

Em nota, o Instituto Lula informou que o ex-presidente prestou voluntariamente o depoimento. Segundo o instituto, Lula respondeu a todas as perguntas do procurador Ivan Cláudio Marx e ressaltou “jamais ter interferido em qualquer contrato celebrado entre o BNDES e empresas privadas. Mas que sempre procurou ampliar as oportunidades de divulgação dessas companhias no exterior, com vistas à geração de empregos e de divisas para o Brasil”.

De acordo com o instituto, o ex-presidente declarou nunca ter interferido na autonomia do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele disse, segundo o instituto, que os valores recebidos por suas palestras foram declarados oficialmente. "Quem desconfia do BNDES não tem noção da seriedade da instituição", diz nota do instituto.

Conforme o instituto, Lula disse que presidentes e ex-presidentes de outros países defendem empresas nacionais no exterior. “[Lula] afirmou também que para ele isso é motivo de orgulho”.

Ao abrir o procedimento, o MPF solicitou cópia de documentos da Operação Lava Jato que façam referência a obras executadas fora do Brasil, que tenham sido financiadas com recursos diretos ou indiretos do BNDES ou que tenham relação com Lula. Também foram solicitados aos investigadores cópia de dados bancários relativos a possíveis depósitos feitos pelas empreiteiras investigadas na conta do ex-presidente, do Instituto Lula ou da empresa Lils Palestras e Eventos e Publicidade.

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