SÃO LUÍS – Três movimentos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff realizaram uma passeata de três quilômetros, na avenida Litorânea, durante toda a manhã deste domingo (12). Bem organizados, os grupos conseguiram montar uma boa estrutura, com tendas, carros de som, trio elétrico, bandeiras, faixas, camisas personalizadas etc. O Imirante quis saber: de onde vem o dinheiro para cobrir esses custos? Pessoas contrárias às manifestações afirmam que o dinheiro vem de partidos políticos e empresários. Veja, abaixo, o que dizem os líderes dos movimentos.
O funcionário público Marcelo Penha, de 42 anos, é o responsável pelo movimento “Brasil livre”. No protesto deste domingo (12), o grupo conseguiu um trio elétrico, camisas personalizadas, e até uma banda para tocar ao vivo. Pelas contas dele, o custo foi de R$ 4 mil. Segundo Marcelo, essa quantia foi paga pelos próprios organizadores e colaborados do grupo. “Nós mesmos pagamos. É tudo do nosso bolso. Cada um ajuda como pode, com R$ 50, R$ 100. E assim a gente consegue arrecadar a quantia necessária para bancar essa estrutura”, explicou Marcelo Penha. As camisas personalizadas do movimento “Brasil livre” estavam sendo vendidas a R$ 20. A venda de camisas, segundo Marcelo, também é uma forma de ajudar a cobrir os custos.
O empresário Darci Fontes, de 49 anos, representa o movimento “Eu te amo, meu Brasil”. O grupo, que durante a semana colocou carros de som anunciado a manifestação pela cidade, também conseguiu um trio elétrico e montou duas tendas na avenida Litorânea, no local da concentração. Havia também um banner com a marca do grupo para quem quisesse tirar fotos. Além disso, cada organizador estava com uma espécie de walkie talkie para facilitar na comunicação entre eles. Um custo de R$ 10 mil, pelos cálculos de Darci Fontes.
Ele afirmou que a maior parte dos custos também é paga pelos próprios organizadores e colaboradores do movimento. “O problema é que as pessoas olham essa estrutura e acham enorme, mas nem é tão grande assim. Essas tendas aqui nós conseguimos de graça com amigos, também conseguimos os carros de som. O resto da conta a gente paga do nosso bolso mesmo, o movimento é da população, é nosso, então a gente paga”, explicou o empresário. As camisas personalizadas do grupo estavam sendo vendidas por R$ 15.
Durante o protesto, os organizadores recolheram assinaturas a favor do impeachment de Dilma Rousseff para enviar ao Congresso Nacional.
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