Pesquisa

Projeto realiza estudos sobre o português falado no MA

Objetivo é mostrar as diferenças linguísticas em diferentes regiões.

Divulgação/ UFMA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h46
(Reprodução/Internet)

SÃO LUÍS – O Atlas Linguístico do Maranhão (AliMA), projeto de pesquisa vinculado ao Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão, realiza, atualmente, uma pesquisa para mostrar a forma de falar dos maranhenses e elaborar glossários relacionados aos produtos agroextrativistas, como babaçu, arroz e mandioca, que são atividades importantes para a economia do Estado.

A mesma equipe que trabalha no AliMA, coordenada pela professora do Departamento de Letras, Conceição Ramos, trabalha, também, para o Atlas Linguístico do Brasil, que tem como meta a realização de um atlas geral do Brasil no que diz respeito à língua portuguesa.

O trabalho do Atlas Linguístico do Maranhão é desenvolvido por meio de entrevistas com pessoas de diferentes localidades do Maranhão, formando uma “rede de pontos” entre as cidades que fazem fronteiras com outros Estados, a fim de perceber até que ponto a proximidade entre essas cidades podem influenciar na forma de falar dos maranhenses.

A coordenadora do Projeto, Conceição Ramos, conta que, com os dados coletados desde o início da pesquisa, já produziram três livros sobre o português falado no Maranhão. “Com os dados coletados, nós aproveitamos para produzir livros e artigos científicos e realizar workshops”, contou.

Atualmente, o Projeto AliMA conta com uma equipe de cinco doutores, dois doutorandos, três mestrandos, quatro graduados e nove graduandos, todos com trabalhos relacionados com pesquisas desenvolvidas no projeto, como é o caso de Luís Henrique Serra, que já ganhou o Prêmio Fapema duas vezes com pesquisas feitas sobre glossários de mandioca e cana de açúcar, tema de pesquisa do seu mestrado.

Em sua pesquisa de mestrado, com os dados coletados no Projeto AliMA, Serra fez uma comparação dos dados do glossário de cana de açúcar no Maranhão, utilizando também o glossário do dicionário técnico dos especialistas do campo empírico, a exemplo do utilizado pelos engenheiros agrônomos.

As pesquisas do AliMA, ainda, estão em fase de conclusão, mas, segundo os pesquisadores, os dados preliminares apontam que o espaço físico e geográfico influencia nas diferenças e variações linguísticas. “O português falado no Maranhão tem diferentes faces, dependendo da localidade de onde é falado”, explicou Serra.

Saiba mais

O Atlas Linguístico do Maranhão, fundamentado na área dos estudos da língua e que tem como principal objetivo descrever o português falado no Maranhão, tem também a função de mapear questões concernentes à morfossintaxe, à semântica, ao léxico e à fonética do falar maranhense.

O Projeto ALiMA, com base nos estudos que realiza, além de oferecer subsídios para a elaboração do Atlas Linguístico do Brasil (AliB), busca contribuir ao ensino-aprendizagem da língua portuguesa, além de possibilitar interfaces relevantes com outros ramos de conhecimento, como a história, a antropologia, etnografia, a sociologia, entre outros.

Os livros já produzidos pelo Projeto ALiMA são: O português falado no Maranhão: estudos preliminares, com a primeira edição em 2005 e segunda edição em 2010; A diversidade do português falado no Maranhão, de 2006; e o Português falado no Maranhão: múltiplos olhares, todos impressos pela Editora da UFMA (Edufma).

Todos estes livros podem ser adquiridos na sala do Projeto AliMA, localizado no Centro de Ciências Humanas (CCH) da UFMA. Mais informações pelo e-mail alima@ufma.br ou pelo telefone 3272-8322.

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