Reivindicação

Funcionários do Samu reivindicam saída de sede do Itaqui-Bacanga

Solicitação foi feita à secretária Helena Duailibe, depois de tentativa de invasão.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

SÃO LUÍS - Um dia depois de sofrer uma tentativa de invasão por membros de uma gangue, funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência pediram a secretária de Saúde do município, Helena Duailibe, a mudança da sede para outro local, pois os problemas de segurança são constantes no prédio.

A sede do Samu está localizada nos fundos da Unidade Mista Itaqui-Bacanga e, segundo o presidente da Associação de Servidores do Samu, Lindomar Gomes da Silva, em 2011, o local já havia sido apontado em um relatório do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) como impróprio. "Segundo o relatório, a localização da sede é inviável, tanto do ponto de vista operacional, por causa do deslocamento, quanto da segurança dos servidores", informou.

Em reunião com a secretária na sede do Samu, os servidores apresentaram uma pauta de reivindicações à Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Entre os itens está a mudança da sede para um local mais seguro. A secretária disse que vai analisar as reivindicações dos servidores e dar uma resposta na quinta-feira, dia 13, à noite, em uma reunião na sede da Semus, no Parque do Bom Menino. "Na reunião de hoje [ontem] tomamos conhecimento dos problemas enfrentados por eles. Agora vamos analisar para saber o que pode ser resolvido já em curto prazo", afirmou Helena Duailibe.

Sobre a questão da segurança, a secretária disse que vai reforçar a vigilância. "Reforçaremos a segurança privada e pediremos apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública [SSP] para reforçar o policiamento na área, além de intensificar a vigilância na sede do Samu, com a Guarda Municipal. Vamos priorizar as demandas do Samu e melhorar a segurança para que eles possam continuar o atendimento à população", declarou.

Lindomar Gomes disse que ações de violência são comuns na área. A última delas aconteceu por volta das 20h de domingo, quando o portão principal foi arrebentado por várias pessoas que tentavam entrar no local onde ficam as ambulâncias. A confusão teria começado em uma festa, onde houve um tiroteio. Segundo testemunhas, um grupo de rapazes saiu do local e foi para a Unidade Mista do Itaqui-Bacanga com um homem ferido. Sem serviço de urgência no hospital, os jovens resolveram invadir a sede do Samu.

Os homens seriam de uma facção criminosa que atua na área. O ferido foi identificado como Sidney Oliveira Santos, de 18 anos. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) em estado grave. A confusão deixou os funcionários do Samu amedrontados. Eles pediram reforço policial para manter o serviço em funcionamento durante a noite de domingo.

Além da segurança, a pauta dos servidores do Samu reivindica melhorias na infraestrutura da sede do serviço, revisão da carga horária, na operacionalização do serviço, aumento do número de equipes, além de melhoria salarial. Lindomar Gomes afirmou que todas as demandas já eram de conhecimento do antigo gestor da pasta e caso não sejam atendidas a categoria pode paralisar o serviço. "A greve é uma possibilidade sim. Nossas demandas são de conhecimento desde 2006. A não resolução delas culminou com a greve de setembro de 2012, que foi suspensa porque foram abertas negociações, mas não descartamos a possibilidade de uma paralisação", disse.

Mais

Atualmente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tem duas unidades de suporte avançado, 10 de suporte básico, duas motocicletas e um veículo de intervenção rápida. Além da sede do Samu, no Iatqui-Bacanga, os veículos são distribuídos em pontos estratégicos da cidade para facilitar o deslocamento e atender as ocorrências de forma mais rápida. Os pontos estratégicos ficam na Vicente Fialho, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Cohatrac e São Raimundo.

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