Protesto

UFMA se pronuncia sobre manifestação de estudantes

Universitários reivindicam que prédio seja destinado à Casa Estudantil.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

SÃO LUÍS - Após dois dias de protestos realizados por alunos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), reivindicando a nova Casa de Estudantes, a Universidade decidiu se pronunciar sobre o caso.

 Foto: Douglas Júnior/O Estado.
Foto: Douglas Júnior/O Estado.

Segundo nota, a UFMA afirma que, até o presente momento, não recebeu nenhuma solicitação de reunião para discussão da pauta reivindicada pelos estudantes. Destaca que a UFMA investiu, nos últimos anos, mais de R$ 600 mil reais na reforma das Casas Estudantis para melhorar a infraestrutura dos locais, inclusive com a aquisição de equipamentos ou outros serviços de apoio.

Ainda de acordo com a nota, a Universidade afirma que criou, no mês de novembro, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, que vai utilizar o prédio para desenvolver e atender políticas públicas de assistência estudantil como a criação do Centro de Assistência Estudantil com ações nas áreas da saúde, educação, cultura, dentre outras ou mesmo ações permanentes administrativas como o aumento do valor da bolsa de permanência, que, a partir de março de 2014, será de R$ 400.

Por fim, o texto diz que a Administração Superior entende que a manifestação faz parte do regime democrático e tem estabelecido um diálogo permanente com a comunidade.

Entenda o caso

Desde terça-feira (26), um grupo de alunos universitários está reivindicando da direção da UFMA, que em um prédio dentro da Universidade seja instalada a da Casa do Estudante, para abrigar os alunos que vêm de cidades do interior para estudar na capital. Para chamar a atenção da Administração Superior da Universidade, um aluno, identificado como Josemiro Oliveira, está há mais de 60h sem se alimentar.

O universitário, além de fazer a greve de fome, está acorrentado ao prédio. Segundo informações, Josemiro só toma água de coco e soro caseiro, e já apresenta debilidade.

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No início do protesto, a UFMA afirmou que não se pronunciaria sobre o caso, pois o reitor, Natalino Salgado, estava viajando. Somente na tarde desta quinta-feira (28), a Instituição decidiu se pronunciar, mas não falou se haverá acordo com os manifestantes sobre o prédio em questão.

Veja a nora da UFMA na íntegra.

A Administração Superior da Universidade Federal do Maranhão, em respeito à comunidade acadêmica, vem esclarecer que:

1) Até o presente momento não há nenhuma solicitação de reunião para discussão da pauta reivindicada pelos estudantes. É importante salientar que no dia em que iniciou o protesto, dia 26, foi realizada uma reunião do Pró-Reitor de Assistência Estudantil com representantes das casas estudantis. Dentre os assuntos expostos, não foi colocada em pauta a reivindicação de uma residência universitária dentro dos espaços da UFMA;

2) Mesmo assim, preocupada em atender as demandas da comunidade acadêmica, a UFMA criou, no mês de novembro, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, que vai utilizar o prédio para desenvolver e atender políticas públicas de assistência estudantil como a criação do Centro de Assistência Estudantil com ações nas áreas da saúde, educação, cultura, dentre outras ou mesmo ações permanentes administrativas como o aumento do valor da bolsa de permanência, que, a partir de março de 2014, será de R$ 400;

3) Cabe ressaltar que, a Universidade Federal do Maranhão investiu, nos últimos anos, mais de R$ 600 mil reais na reforma das Casas Estudantis para melhorar a infraestrutura dos locais, inclusive com a aquisição de equipamentos ou outros serviços de apoio;

4) Cabe destacar também, que o Reitor tem se reunido sistematicamente com os representantes estudantis e outros grupos de alunos para ouvir as demandas e revindicações dos estudantes e atendê-las na medida do possível;

5) Quanto a gratuidade do Restaurante Universitário, outra pauta de reivindicação, a Universidade esclarece que tem desenvolvido uma série de ações como a ampliação do número de refeições diárias, aumentando de 1.100, em 2008, para 4.500 atendimentos, atualmente, ultrapassando um custo de R$ 7 milhões de reais. Além de ofertar mais de 500 bolsas alimentação, o que garante gratuidade a um universo expressivo de estudantes da UFMA, inclusive aos residentes das casas estudantis. É importante ressaltar que, desde 2007, o valor da refeição tem se mantido de forma permanente no valor de R$ 1 real e 25 centavos;

6) Com base nos itens destacados, a UFMA ressalta seu compromisso com a comunidade acadêmica ao garantir ações que visam atender as políticas de assistência estudantil como a criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, o aumento de refeições diárias na Cidade Universitária, a oferta de bolsas de moradia, de permanência e de alimentação e o diálogo aberto de forma permanente com a classe estudantil;

7) A Administração Superior entende que a manifestação faz parte do regime democrático e tem estabelecido um diálogo permanente com a comunidade. A Instituição também desenvolve, a cada ano, políticas de fortalecimento da Instituição com a melhoria dos cursos de graduação e pós-graduação reconhecidos e bem avaliados pelo MEC;

8) E, para finalizar, é importante ressaltar que as políticas de atendimento aos estudantes dependem diretamente do Ministério da Educação. O aumento e a melhoria das políticas públicas estudantis tem sido a pauta mais importante defendida pelos reitores das Instituições Públicas de todo o País. A UFMA entende que a expansão só pode ser inclusiva, caso haja quantidade e qualidade nos atendimentos dos estudantes e, isso depende diretamente do aumento dos recursos que o MEC repassa para essa área.

Administração Superior da UFMA

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