PAÇO DO LUMIAR – Um corpo foi encontrado em uma área de matagal, nesse sábado (9), em Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís. De acordo com informações da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), o achado cadavérico pode ser do jovem Marcelo Melo Machado, de 25 anos, desaparecido há mais de um mês, após uma abordagem feita por policiais militares, no bairro Pindoba.
De acordo com o delegado Marconi Matos, da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoal (SHPP), a equipe de plantão, ao saber da informação do achado, se deslocou até o local indicado. Segundo Marconi Matos, são fortes os indícios de que o corpo seja do jovem Marcelo Melo Machado, que sofria de esquizofrenia.
“Por causa do estado avançado (de decomposição do corpo), não deu pra fazer o reconhecimento logo visualmente, então, há necessidade da realização do exame de DNA. Em virtude disso, muda-se a característica do procedimento. Os policiais militares que participaram da abordagem vão ser novamente chamados, não mais na qualidade de testemunhas, mas, sim, como investigados”, afirma o delegado Marconi Matos.
Ainda segundo o titular da SHPP, o envolvimento dos policiais no caso só vai ser confirmada ou descartada durante a investigação. Tudo vai ser feito de acordo por meio de um inquérito policial pra saber como foi que o jovem Marcelo Melo Machado morreu.
“Agora o procedimento deixa de ser somente administrativo – com a parte da Polícia Militar. Nós vamos ter que esperar o DNA pra comprovar e ver as circunstâncias”, explicou o delegado.
Entenda o caso
Marcelo foi visto pela última vez no dia 06 de setembro, em Paço do Lumiar, entrando em uma viatura policial, mas depois desapareceu.
A polícia foi chamada porque Marcelo tentaria invadir algumas casas no bairro da Pindoba. Em um vídeo, ele aparece com as mãos amarradas por uma corda prestes a entrar no carro da PM, ao lado de dois policiais, identificados como soldado Santos e o sargento Magno.
Em depoimento, os dois PMs disseram que Marcelo havia sido amarrado a um poste por moradores. Depois disso, os policiais afirmam que ajudaram o jovem e levaram ele para duas pessoas que seriam conhecidas.
Porém, Marcelo não morava na região da Pindoba, mas, sim, no Anjo da Guarda, a 40 km de onde foi achado. Além disso, ninguém sabe quem são as pessoas descritas pelos policiais.
Durante o depoimento na Delegacia de Homicídios, três testemunhas disseram ter visto Marcelo pelas ruas depois de ter sido deixado pelo carro da polícia.
A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) informou que abriu um inquérito militar para apurar a conduta dos PMs, e o comando da Polícia Militar disse que a instituição está empenhada em localizar Marcelo. O Ministério Público do Maranhão também acompanha o caso.
"Espero que eles esclareçam o mais rápido possível e dar uma prensa nesses policiais que é para eles falarem a verdade, mesmo que seja sobre ele estar vivo ou morto, não sei. A gente quer saber", disse Miriam Costa Melo, mãe de Marcelo, em entrevista à TV Mirante, no dia 24 de setembro.
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