SÃO LUÍS - Terça-feira, 7h45 da manhã do dia 9 de outubro de 2007. Iniciava naquele exato momento a minha jornada de trabalho – e de muito aprendizado -, na redação de O Estado.
Naquele dia fui recebido pelo jornalista Daniel Matos, chefe de reportagem e que me deu como missão a cobertura de uma pauta no Araçagi.
Foi o meu primeiro contato e primeira experiência como membro de uma equipe de reportagem. Foi a primeira vez, inesquecível, que exerci a função importantíssima dentro do jornalismo de reportar numa página de 53cm x 29,7cm o cotidiano da cidade aos nossos leitores. E foi quando eu me apaixonei definitivamente pelo impresso.
Integrei naquele primeiro momento, na condição de estagiário, a equipe da editoria de Cidades. Aprendi muito com colegas como Yane Botelho, Bruna Castelo Branco, Roberta Gomes, Wilson Lima e Evandro Júnior, todos à época, repórteres.
Lembro que ficava fascinado pelas reportagens especiais e questionava Daniel Matos sobre quando poderia ser eu, a assinar uma.
A resposta, inteligente, pontual e sensível, se repetia por alguns meses: era necessário acumular mais experiência, “cavar” pautas e alcançar um pouco mais de maturidade nos textos.
Ele estava certo.
Lembro que a primeira reportagem especial que elaborei foi sobre os contratos emergenciais das empresas de transporte rodoviário com o município e que já duravam quase três décadas, sem que houvesse a regulamentação. Documentos obtidos de forma exclusiva deram sustentação ao texto.
Resultado: manchete no jornal e forte repercussão na Câmara Municipal de São Luís, na Assembleia Legislativa e cobertura destacada pela TV Mirante e as demais emissoras da capital sobre o tema.
Foi quando veio a segunda paixão: o jornalismo investigativo.
Ao longo da minha jornada em O Estado, passei a admirar talentos e ícones do jornalismo contemporâneo como Décio Sá – o qual considero particularmente até hoje como o maior repórter e jornalista desta geração -, Ribamar Cardoso, Ribamar Corrêa [então diretor de Redação], Ana Coaracy, Itevaldo Júnior, Selma Figueiredo, Waldirene Oliveira, Ironara Pestana, Mário Reis, Alfredo Menezes, Edvan Fonseca, Marco Aurélio D’Eça, dentre tantos outros que dividiam o espaço daquela pujante redação.
E passei a admirar também o profissionalismo, o talento e o compromisso daqueles que chegaram depois, como Gilberto Léda, Carla Lima, Thiago Bastos e Eduardo Lindoso.
Pelo jornal conheci algumas das mais importantes cidades do interior do estado, em viagens que fazíamos para a cobertura de reportagens especiais.
Conheci também outros estados do país, ao ser escalado para coberturas de eventos ou temas de relevância nacional.
Foram inúmeras, incontáveis as experiências.
Durante toda a minha jornada em O Estado passei de forma pontual por outras editorias e acabei me tornando uma espécie de “coringa”, substituindo editores nos seus respectivos período de férias.
Foi assim na própria editoria de Cidades, Polícia, Esportes, Estado [Imperatriz e Caxias], Portos e Geral/O País/O Mundo.
Em 2012 fui convidado por Marco D’Eça a integrar a equipe de Política, e já naquele ano participei da cobertura do processo eleitoral.
Terceira paixão.
De lá até aqui, no encerramento do mais importante jornal da história do Maranhão, permaneci nesta editoria, fazendo coberturas diárias dos temas de maior relevância na política local e nacional.
Tudo que aprendi no jornalismo, foi na redação de O Estado. Sou grato por ter convivido e dividido esse espaço com os mais competentes e brilhantes profissionais do nosso estado.
Sou grato por O Estado.
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