Opinião

O Nobel da Paz

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Nada mais justo o reconhecimento à importância da imprensa em todo o mundo na luta pela liberdade de expressão, em especial no combate a governos autoritários e às fake news, por meio do Prêmio Nobel da Paz concedido na sexta-feira, 8, aos jornalistas Maria Ressa e Dmitri Muratov. O mundo precisa se unir no combate à desinformação. Vale para o Brasil.

Nestes tempos árduos, em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas, a Academia Real das Ciências da Suécia destaca a contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países. Ressa e Muratov são exemplos por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia e que a liberdade de expressão "é uma condição prévia para a democracia e para uma paz duradoura".

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de seu criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz que, antes de morrer, no limiar do século 20, transformou a nitroglicerina em ouro.

Para a instituição, os laureados são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo. E destaca que o jornalismo gratuito, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra. O comitê norueguês do Nobel está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a garantir um público informado.

A academia sueca disse também que esses direitos são pré-requisitos essenciais para a democracia e protegem contra guerras e conflitos e que o prêmio para os jornalistas visa sublinhar a importância de proteger e defender estes direitos fundamentais a liberdade de expressão e informação.

Ressa usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo em seu país natal, as Filipinas", descreveu a academia sueca. Ela é cofundadora da Rappler, uma empresa de mídia digital de jornalismo investigativo. "Liberdade de expressão e de informação são fundamentais para o funcionamento da democracia e para evitar guerras e conflitos", afirmou a Academia.

Já Dmitri Muratov é editor-chefe do jornal Novaya Gazeta, um dos poucos veículos na Rússia críticos do governo do presidente russo Vladimir Putin. Seis jornalistas que trabalhavam no Novaya Gazeta foram assassinados em situações suspeitas.

O Kremlin saudou na sexta-feira,8, a "coragem" e o "talento" do jornalista Dmitri Muratov, pela sua luta pela liberdade de expressão como chefe do principal diário da oposição russa.

E no Maranhão, a semana chega ao fim com a surpreendente descoberta de um fóssil de dinossauro gigante ainda desconhecido para a comunidade científica no município de Davinópolis. O achado foi destaque em veículos de imprensa do país, tendo em vista que o fóssil é um importante registro para a história evolutiva do grupo dos saurópodes, que viveram onde hoje é o Brasil há cerca de 130 milhões de anos, no período conhecido como Cretáceo Inferior.

O achado paleontológico inclui ossos que possivelmente são de saurópodes, dinossauros de grande porte que atingiam mais de dez metros de altura. Eles tinham como principais características o pescoço e cauda alongados. Esse é o primeiro registro de encontro de fósseis na região.

O fóssil de Davinópolis não possui nenhum material de crânio ou dentes isolados, pelo menos que tenha sido localizado até agora. Embora o trabalho de coleta tenha sido exaustivo, há indícios de que há mais material fóssil na área porque o talude é bem extenso, e tem um estrato rochoso de cerca de dez metros para cima.

Não é a primeira vez que o Maranhão ganha o noticiário nacional com esse tipo de descoberta. Há dois anos, paleontólogos enfrentaram os caprichos da maré no litoral maranhense para resgatar das águas os fósseis de um primo brasileiro dos brontossauros.


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