Opinião

Por mais segurança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Criado com a promessa de ser gratuito, rápido e seguro, só que não demorou muito tempo para que criminosos elaborassem os mais diferentes golpes que envolvessem a tecnologia, o Pix, o meio de pagamento para facilitar a vida dos brasileiros, está com novas regras desde ontem, 4, para garantir mais segurança nas transações. E principal delas é o limite de transferência de valor no período da noite que foi fixado em R$ 1.000, das 20h às 6h. As demais vão entrar em vigor no dia 16 de novembro.

Desde outubro do ano passado, quando entrou em operação, muitas pessoas no país foram alvo de golpes praticados por meio do Pix. Muitos tiveram seus dados utilizados por quadrilhas para dar golpe por meio da modalidade, com a clonagem do WhatsApp.

E em razão desses atos criminosos, o Banco Central decidiu agir. Agora, a regra é para as transações entre pessoas físicas, incluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs). Também será possível pedir a ampliação, mas este tipo de alteração será automática. Isto é uma medida de segurança para inibir, por exemplo, sequestros-relâmpago. O banco terá entre 24 e 48 horas para atender o pedido.

Outra medida de segurança é a possibilidade de cadastro de contatos que poderão receber o Pix acima de R$ 1.000 a qualquer hora do dia. Neste caso, a alteração também só vale após 24 horas do pedido.

Não existem dúvidas da praticidade do Pix. No final de dezembro de 2020, havia 56 milhões de usuários, segundo o Banco Central. No final de agosto deste ano, último balanço divulgado pela entidade, são 106,6 milhões. O Pix não tem tarifa, é concluído na hora e quem manda o dinheiro só precisa da chave do favorecido, que pode ser um e-mail, número do celular, CPF ou uma senha aleatória. Com isso, atraiu também golpistas.

Especialistas em tecnologia e segurança digital têm dúvidas sobre a eficiência das medidas do PIX, ou seja, acham que não são suficientes para evitar as ações de criminosos. É o caso do sequestro relâmpago, por exemplo: o criminoso pode manter a vítima refém por mais tempo, até o horário que a transação financeira será efetivada.

Mas isso não é motivo para a população ficar alarmada e deixar de acreditar na efetividade da ferramenta Pix. O problema não está na ferramenta, mas no avanço cada vez maior da engenharia social. Infelizmente, os golpes digitais e a criminalidade acompanham o avanço da tecnologia.

E a semana começa com uma boa informação: com o ciclo de imunização completa contra Covid-19 atingindo quase 100 milhões de brasileiros, o país está há uma semana em patamar de estabilidade no número de óbitos por Covid-19.

Segundo dados, a média móvel de vítimas fatais está em 500,7, número 10,15% menor do que o de duas semanas atrás. A taxa está abaixo de 600 há 28 dias e indica que o país passa por um momento semelhante ao de novembro do ano passado. Na média móvel de casos, por sua vez, o cenário é de queda. O índice está em 16.592,7, volume 51,61% menor do que o registrado há catorze dias.

De acordo com o novo boletim VigiVac, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz, a taxa de atraso vacinal em relação à segunda dose em todo o Brasil é de 11%.. O índice é mais alto em relação à CoronaVac e chega a 33%. No caso do imunizante da AstraZeneca, o atraso é de 15%, e no que diz respeito ao fármaco da Pfizer, de 1%.

É considerada uma situação de atraso quando o indivíduo não aparece para receber a segunda dose depois de 14 dias da data prevista. Para a AstraZeneca e a Pfizer, foram considerados 84 dias de intervalo para a segunda injeção. No caso da CoronaVac, 28 dias. Os índices foram calculados com base nos dados de vacinação registrados até 15 de setembro.

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